Gabriela Rodart discute tratamento precoce da Covid-19
Durante a audiência pública realizada nessa segunda-feira, 22, a parlamentar Gabriela Rodart (DC) recebeu médicos, empresários, políticos e pesquisadores para o debate sobre o tratamento em estágios iniciais da Covid-19 em Goiânia. Sob a presidência do vereador emedebista Anselmo Pereira, participaram também os colegas Dr. Gian (MDB) e o ex-vereador Oséias Varão.
A mesa diretiva foi composta pelos médicos Fernando Pacheco Veríssimo, Ellen Guimarães, André Luís de Souza Martins, Helen Brandão, o diretor científico do Conselho Regional de Medicina, Valdemar Neves do Amaral, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Antônio Fernando Carneiro, o paciente Francisco Telho, o diretor superintendente da Indústria Vitamedic do estado de Goiás, Jailton Batista, o procurador-chefe do Ministério Público Federal, Ailton Benedito de Souza, o secretário municipal de saúde, Durval Pedroso, entre outros.
O procurador Ailton de Souza, que participou de forma remota da audiência, assegurou que o MPF tem atuado sistematicamente em defesa dos direitos fundamentais do cidadão goianiense. Para ele, é necessário oferecer o tratamento adequado aos pacientes, englobando todos os tipos de tratamento, em qualquer fase da infecção do coronavírus. Ele explicou que o conflito não é sobre as fases, mas entre o tratamento adequado e a negativa de tratamento. Para o procurador, o tratamento deve ser prescrito pelo médico, as medidas farmacológicas devem ser atualizadas sistematicamente, levando em consideração todo o conhecimento acumulado pela ciência desde o início. “Infelizmente, a pandemia se tornou uma crise sanitária. Em 1 ano, já são mais de 112 milhões de casos, com mais de 87% de recuperados no mundo”, concluiu.
A médica Helen Brandão questionou, ao fazer o uso da tribuna, se, com disputas políticas e interesses materiais de grandes complexos, as pessoas tem exercido a política em busca da felicidade do povo. Para ela, é urgente criar um ambiente favorável para que isso aconteça. “Com a profilaxia, poderemos salvar vidas. Temos abundantes informações científicas, falta é boa vontade”, apontou. Vereador Anselmo Pereira assegurou que todos tem o dever e a obrigação de salvar vidas. Durante a audiência, o médico André Luis Dias Matos se posicionou favorável ao uso do protocolo desde o primeiro dia de sintoma do coronavírus.
Para a cardiologista Ellen Guimarães, há tempos os médicos tem visto a evolução da doença e é função deles informar, tratar e quebrar narrativas de que não existem evidências científicas sobre o tratamento preventivo da Covid-19. Ela disse não ter vínculo político-partidário e que defende o uso de hidroxicloroquina aos primeiros sintomas, assim como mais de 2 mil médicos do estado de Goiás, que não podem aguardar a evolução da doença. “Se começar o tratamento nos primeiros sintomas até a síndrome pós-covid é minimizada, de acordo com dados de pesquisadores do mundo todo. Isso é medicina de urgência. Desde a prevenção inicial até os tratamentos de todas as fases da doença, os médicos tem liberdade de usar todos os meios possíveis”, garantiu.
Para Fernando, fechar o comércio não resolve, pois aumenta o número de mortes, e a máscara não protege as saídas do vírus, por isso considera essencial o tratamento preventivo. “Todo vírus tem o seu trajeto”, confirmou. O secretário municipal de saúde, Durval Pedroso, informou que, apesar de não ter definido um protocolo, as unidades de saúde de Goiânia tem indicado esses medicamentos na hora certa. “O que defendemos é o ato médico, tratamento feito com acompanhamento” afirmou. Para Gabriela Rodart, é preciso usar todas as ferramentas disponíveis em mãos para defender aqueles que precisam nesse momento de calamidade. Ela irá levar todas as sugestões às autoridades municipais, estaduais e federais.