Gerente de Internação reclama de redução de leitos de UTI para pacientes do SUS
A gerente de Internação Hospitalar da secretaria municipal de Saúde, Márcia Ribeiro de Souza, afirmou, nesta sexta-feira (23), na Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na Saúde em Goiânia, que o maior problema enfrentado atualmente é a redução do número de leitos de UTI na capital. Em 2015, quando assumiu o cargo, segundo ela, eram mais de 400 leitos e agora são 230. De acordo com a gerente, muitos hospitais fecharam e a demanda de pacientes aumentou, porque parte da população não consegue mais pagar planos de saúde e tem migrado para o SUS.
Márcia confirmou que há casos de rejeição de pacientes por hospitais, muitas vezes porque há cirurgias marcadas ou agravamento do caso de pessoas já internadas no local. Ela destacou, no entanto, que alguns descumprem o contrato e passam leitos destinados ao SUS a pacientes de planos de saúde, alegando problemas financeiros.
A CEI ouviu também o ex-gerente de Urgências da secretaria Devalmir Oliveira dos Santos. Ele declarou que, durante o período que exerceu a função, teve problemas com os médicos, que não queriam cumprir a carga horária. Segundo Devalmir, alguns até o ameaçaram por causa dessa cobrança.
Na próxima reunião da CEI, marcada para segunda-feira (26), às 9h30, na Sala das Comissões da Câmara, os vereadores ouvirão, pela sexta vez, a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué; a chefe de gabinete da secretária, Arlene de Castro; e a superintendente de Regulação, Andréia Alcântara. Entre outros assuntos, a secretária responderá por entrevista publicada pelo jornal O Popular, em que ela afirma que não reconhece relatório enviado pela comissão. O relator da CEI, Elias Vaz (PSB), cogita levar o caso à Justiça. (Foto: Wictória Jhefany)