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Instalada CEI das Obras Paradas, apesar de discussões sobre relatoria

por Quezia de Alcântara publicado 03/04/2018 11h50, última modificação 03/04/2018 18h02

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Obras Paradas da Prefeitura, instalada nesta terça-feira, 3, escolheu o presidente e o relator, cargos que ficaram  com os vereadores Alysson Lima (PRB), propositor da comissão e Delegado Eduardo Prado (PV).

A reunião ocorreu em clima de disputa pelo cargo de relator. A base do prefeito Iris Rezende, composta por Vinícius Cirqueira (Pros), Kleybe Morais (PSDC) e GCM Romário Policarpo (PTC) apresentaram o nome do vereador Kleybe enquanto a oposição, o nome do Delegado Eduardo. Além de Alysson e Priscilla Tejota (PSD) o próprio vereador votou no nome de Prado para a relatoria, ocasionando empate.

A base trouxe o suplente Paulo Daher (DEM para votar, o que não foi aceito pela oposição, já que o vereador Milton Mercêz (PRP), titular, estava a caminho da Casa. Houve bate-boca e os três parlamentares da base saíram da sala, alegando que o presidente e o relator estavam manipulando a votação.

Mercêz, que ocupou seu lugar no colegiado, desempatou a votação em favor do delegado Eduardo Prado. O Delegado contou que “foi uma manobra da Prefeitura desde o momento em que pediram pra votar o cargo de relator antes do de presidente. E depois quando chamaram um suplente para votar sendo que o titular não havia renunciado”. Ele adicionou que vê como elogio o fato de não quererem sua presença na relatoria, pois sempre incomodou por não ter vínculo com o Paço, ser independente e fazer um trabalho investigativo. “Vamos fazer um raio-x das obras e focar nos casos mais urgentes”, adiantou o relator explicando que pretende fazer um relatório isento ao final das investigações.

O presidente Alysson comentou que a CEI das Obras Paradas foi aprovada em novembro de 2017 e desde então vem sofrendo uma série de intervenções que atribuiu à base do prefeito, especialmente nos últimos 30 dias para dificultar sua instalação. “O tema é melindroso e espinhoso, temos que admitir, pois envolve verbas municipais e federais, além de empreiteiras. Minha opinião é a de que estão tentando fragilizar esta comissão e suas investigações”, afirmou.

Alysson denunciou que os membros indicados para compor a CEI foram assediados nos últimos dias para votarem contra o colega Delegado Eduardo na relatoria, mas que os vereadores que saíram da reunião terão que responder à sociedade. “Acreditamos no futuro desta comissão, pois temos quatro vereadores independentes que não deixarão que recursos políticos ou jurídicos que porventura surjam venham a prosperar”, declarou.

O vereador Romário Policarpo afirmou que se retirou da reunião porque os vereadores da oposição, Alysson Lima e Eduardo Prado, “estavam querendo uma CEI para eles”. Já Vinícius Cirqueira sustentou que “a vontade dos demais membros não foi levada em conta e que eles representam a maioria”. Paulo Magalhães (PSD), que ficou na suplência, alegou que o colega “Vinícius é engenheiro e que sua presença na comissão é necessária” e que Kleybe Morais “deveria ter ficado na relatoria, pois assim equilibraria a comissão, já que a presidência de Alysson representa a oposição”.

Após a eleição, os presentes aprovaram oitiva para a próxima terça-feira, 9/4/2018, às 14 horas, com o secretário Municipal de Infraestrutura, Francisco Ivo. “Hoje o Município tem cerca de 40 obras paralisadas entre elas, 13 Cmeis, a Maternidade Oeste, a Marginal Cascavel, o projeto Macambira-Anicuns e a Casa de Vidro”, mencionou o vereador como exemplos de edificações iniciadas e não concluídas pelos prefeitos Paulo Garcia e Iris Rezende (nesta e na gestão anterior).

A comissão pretende traçar panorama feral das obras paradas e ter acesso aos contratos e aditivos e os motivos pelos quais as obras não prosseguiram, e o montante de recursos enviados para a Prefeitura, verbas carimbadas para essas construções. (Foto de Wictória Jhefany)