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Iris presta conta do 3º quadrimestre de 2017 aos vereadores

por Quezia de Alcântara publicado 19/02/2018 10h55, última modificação 19/02/2018 17h02

Sob coordenação do vereador Lucas Kitão (PSL), presidente da Comissão Mista,o prefeito Iris Rezende compareceu à Câmara Municipal nesta segunda-feira, 19, para prestar contas do terceiro quadrimestre de seu governo à frente da Prefeitura de Goiânia. Ele veio acompanhado de seu secretariado de Governo e auxiliares.

O prefeito voltou a falar da dívida recebida quando assumiu em 2017, “uma situação horrorosa” cujo déficit mensal era de R$ 31 milhões, mas que está sendo superada. “Já pagamos R$ 378 milhões da dívida recebida e o déficit mensal caiu para R$ 22 milhões”.

Iris afirmou que segue a mesma receita “desde 1966 que é de muito trabalho e pouco recurso”. Destacou que não dorme e tem pesadelos todas as noites, devido aos problemas que vive diariamente.

SAÚDE

Falando sobre os problemas da Prefeitura, o prefeito apontou a área da saúde como um dos mais profundos, pois o Município recebe recursos por 1.450.000 pacientes, mas está atendendo 4 milhões, oriundos de municípios de todo o Estado e até do país. “Os municípios vão empurrando pra Goiânia o atendimento e não repassam a verba do Ministério da Saúde pra sobrar mais para eles”, denunciou.

Apesar disso, Iris destacou a inauguração do novo Cais do Novo Horizonte e o início das obras na futura UPA do Jardim América e Maternidade Oeste, além de outros Ciams e Caps. Garantiu veemente que não vai fechar o Cais do Finsocial e que em três meses “a saúde de Goiânia será referência para todo o país”.

Questionado sobre a atuação da secretária Fátima Mrué, o prefeito reafirmou apoio a ela, já que está fazendo mudanças estruturais necessárias para a pasta e que confia em seu trabalho. “Foram investidos R$ 1 bilhão em 2017, mais de 20 por cento do mínimo exigido que é de 15%”, assinalou.

O prefeito também enfatizou o controle das despesas que gerou economia de R$143 milhões, e a principal medida que destacou para se alcançar isso foram os cortes de gastos na Comurg, “a empresa mais cara do país”. “Cortamos 80% dos cargos de chefia da Comurg e eu queria era cortar em todas as secretarias... até meu vencimento eu posso cortar”, afirmou enfatizando que “se tiver alguém trabalhando sem receber ou abandonado o serviço será cortado após sindicância, ou seja, adotará “atitudes necessárias, mas não precipitadas”, mas que jamais tomará qualquer atitude com viés político.

EDUCAÇÃO

Em seu relatório, Iris Rezende lembrou que na área da educação a administração investiu 29,87%, no valor de R$ 754 milhões, acima do índice constitucional de 25%. “Convocamos 3.625 concursados da pasta, sendo que 2.000 assumiram os cargos em escolas e Cmeis”, contou citando, porém, que o déficit no ensino infantil é de oito mil vagas, que pretende diminuir até o final de seu mandato que garantiu cumprir “até o último dia”.

Servidores administrativos da secretaria Municipal de Educação lotaram a galeria para pedir que a Prefeitura pague incentivo de 30% aos novos auxiliares que foram nomeados na atual gestão. Iris prometeu regularizar esse pagamento que já é efetuado para os colegas com mais tempo de serviço. 

FUNCIONALISMO

Os vereadores Sabrina Garcêz (PMB) e Cabo Senna (PRP) levantaram questões relativas ao funcionalismo municipal.  Senna perguntou quando o Executivo pretende enviar a data-base para a Casa aprovar. “A data-base é constitucional e a cada 12 meses o prefeito deve enviar o projeto para a revisão do funcionalismo sob pena de incorrer em crime de responsabilidade fiscal”, lembrou.

Sabrina quis saber sobre o retorno das contratações de estagiários, além de regularização do pagamento aos fornecedores do IMAS e aos bancos que emprestaram dinheiro, por consignação, para os servidores. “Os valores são descontados nos contra-cheques dos funcionários mas não são repassados  e na saúde, o servidor não tem atendimento”.

O prefeito garantiu que a dívida com os fornecedores está sendo negociada e que a Prefeitura já regularizou o pagamento de consignados aos bancos, especialmente Caixa e Banco do Brasil. Afirmou que a data-base foi negociada com seis líderes sindicais de servidores municipais que foram ao Paço no início do seu mandato. “Ninguém ama mais o servidor público que eu. Tenho amor de pai com o filho, mas não adianta reajusta e não conseguir pagar até o dia 5 como manda a lei. Prefiro pagar em dia como venho fazendo desde que assumi”, justificou, “a situação da Prefeitura é grave e não vou iludir e enganar ninguém”.

Outros dados do relatório:

 - Economia de R$ 143,3 milhões -  8,33% a menos do que o que foi gasto em 2016.

 - Aumento vegetativo da folha, que cresceu no período 8,67%, não obstante o corte de aproximadamente 600 cargos comissionados.

- Gastos com pessoal fechou em apenas 46,07%.

- Arrecadação do ISS sofreu uma queda de 0,78% em relação ao ano de 2016.

 - Resultado primário - diferença entre receitas e despesas primárias do período, excluído o pagamento de juros, foi superavitário, fechando em R$ 101,9 milhões.

- A meta fiscal estabelecida na LDO aprovada pela Câmara era de R$ 127 milhões negativos, o que implica dizer que a meta foi superada em R$ 228 milhões. (Foto: Prefeitura de Goiânia)