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Magalhães diz que perícia técnica vai apurar problemas do Mutirama

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 03/08/2017 13h05, última modificação 03/08/2017 14h43
Magalhães diz que perícia técnica vai apurar problemas do Mutirama

Foto: Alberto Maia

O presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Alexandre Magalhães, na exposição e debate que teve hoje (3) na Câmara, foi enfático ao dizer que uma perícia técnica e científica vai apurar todos os problemas do Parque Mutirama (PM) e que, com base em suas conclusões, será feito um novo  protocolo de manutenção do local, "trazendo mais segurança e qualidade aos seus frequentadores". Ele esteve na Câmara a convite do vereador Elias Vaz, do PSB.

Após sua exposição, alguns vereadores lamentaram a fala de Magalhães, dizendo não terem ficado satisfeitos com as respostas evasivas sobre certos questionamentos, como o pagamento de indenização aos acidentados no ´dia 26 do mês passado. Jorge Kajuru, PRP, informou que a promotora Fernanda Fernandes entrou com uma ação judicial contra o prefeito Iris Rezende e Alexandre Magalhães, exigindo o pagamento de indenização a quatro feridos, dois adultos e duas crianças. 

RESPONSÁVEL TÉCNICO

O primeiro vereador a questionar o presidente da Agetul foi Elias Vaz, que quis saber porque o prefeito exonerou em janeiro deste ano o responsável técnico do Mutirama, José Alfredo Rosendo Coelho, sob os protestos do Crea-GO. "O Crea esteve no Mutirama e notificou a Prefeitura pela falta ali de um responsável técnico (RT). Essa falha foi considerada um absurdo. No Paço, todos sabem, quem nomeia e contrata é o Prefeito. Gostaria de saber se o senhor pediu a ele a contratação de um responsável técnico, já que o cargo está vago há mais de seis meses".

Magalhães respondeu que o Mutirama tem carência não só de engenheiros mas de outros profissionais, e que em janeiro conversou com o prefeito sobre a restauração total do Parque. "Iris autorizou a contratação de 280 profissionais, entre engenheiros químicos, eletricistas, engenheiros civis. Então, nossa meta é restaurar tudo, fazer o Mutirama dentro de uma estrutura confiável, que traga segurança aos frequentadores". Sabrina Garcêz, PMB, falou que no parque vários brinquedos estavam sendo usados fora dos padrões de segurança e citou: "O teleférico, por exemplo, não tem certificação do Crea. Outros brinquedos, como Bate-Bate, estão sem manutenção. Isso poderá ocasionar uma nova tragédia".

"O Parque só será reaberto com segurança total. Para tanto, a inspeção técnico-científica será feita. Vamos contratar novos engenheiros para fazer essa manutenção, que era precária. Reafirmo vamos zelar pela segurança", garantiu Magalhães. 

Lucas Kitão, PSL, defendeu a privatização do Parque, como saída para suas dificuldades. Mas o presidente da Agetul respondeu que "o Mutirama hoje é inviável economicamente. Não dá lucro. Nenhuma empresa privada iria querer assumir sua gestão. Acho que ele deve continuar sendo um Parque com interesse social".

Tatiana Lemos (PC do B) falou que estava no Mutirama no dia que ocorreu o acidente. Mas diz ter constatado que "ali falta gente e cuidado. Por exemplo, tinha mais de 12 mil pessoas no local. Não tinha funcionário com nenhuma identificação, banheiros sujos, as filas enormes sem ninguém para orientar as pessoas". Magalhães respondeu que "realmente que essa situação é desagradável. Não gosto de ver as pessoas serem maltratadas".

Delegado Eduardo Prado, PV, quis saber do presidente da Agetul sobre a manutenção do brinquedo Twister, onde ocorreu o acidente, dizendo que "ele foi comprado em 1985 por R$ 189 mil. A Asti fez a manutenção em 2012 mas não fez a troca do eixo central do equipamento. E reafirmou que também vai cobrar pelo pagamento de indenização aos acidentados". Alexandre afirmou que "esse e outros problemas serão apurados pela perícia técnico científica. E que a indenização vai ser conversada com o prefeito Iris Rezende", concluiu.