Você está aqui: Página Inicial / Sala de Imprensa / Notícias / Gerente da Sedhs não comparece à CEI e será reconvocado

Gerente da Sedhs não comparece à CEI e será reconvocado

por Patrícia Drummond publicado 29/03/2023 20h55, última modificação 30/03/2023 13h31
Eduardo Gonçalves de Carvalho comprovou necessidade de comparecimento à audiência judicial previamente marcada. Comissão deve ouvir gerente de Obras da companhia nesta quinta-feira (30)

Pelo segundo dia consecutivo, um depoente não comparece à Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga supostas irregularidades na gestão da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Desta vez, a ausência – justificada à comissão – foi do gerente de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), Eduardo Gonçalves de Carvalho, que será novamente convocado, possivelmente para a próxima segunda-feira (3).

Conforme informou o presidente da CEI, vereador Ronilson Reis (PMB), haverá reunião extraordinária nesta quinta-feira (30), a partir das 14 horas, para ouvir o gerente de Obras da companhia, Nilton César Pinto, cujo depoimento deveria ter ocorrido na terça-feira (28). Na ocasião, ele também justificou ausência por meio de atestado médico. Já o gerente da Sedhs, Eduardo Carvalho, acumula cargo de gestor, no Município, com a profissão de advogado. À comissão, ele apresentou documento comprovando necessidade de sua presença, no mesmo horário da reunião, em audiência judicial agendada desde setembro do ano passado.

Novas convocações

Nos trabalhos desta quarta-feira (29), os membros da CEI aprovaram novos requerimentos para oitivas. Os vereadores encaminharão convite à ex-secretária de Relações Institucionais da Prefeitura de Goiânia – e hoje vereadora por Aparecida –, Valéria Pettersen, com objetivo de obter esclarecimentos acerca de pagamentos antecipados à Comurg, mesmo sem execução dos serviços. Também será convocado o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Rubens José Fileti, que deverá explicar – entre outras coisas – detalhes sobre aditivo de R$ 11,3 milhões a contrato entre uma empresa da qual é proprietário e a Comurg.

Além dos dois, outras sete pessoas serão intimadas: o secretário municipal de Finanças, Vinicius Henrique Pires Alves; o controlador-geral do Município, Gustavo Cruvinel, que foi diretor financeiro da Secretaria de Assuntos Institucionais durante a gestão de Valéria Pettersen; e, diretamente ligados à Companhia de Urbanização, a presidente da Comissão Permanente de Licitação, Hendy Adriana Barbosa; Janaína Cavalcante Coltrin, lotada na Diretoria de Transporte; o chefe de Assessoria Jurídica, Márcio Antunes Porfírio; e o diretor de Logística, Ronaldo Macedo.

Pedidos de destaque

Os vereadores Henrique Alves (MDB) e Pedro Azulão Jr. (PSB) pediram destaque para o requerimento de convocação do presidente da Acieg, Rubens Fileti. Eles queriam analisar a proposta, de autoria de Ronilson Reis. Apesar das solicitações, os requerimentos foram aprovados por quatro votos a favor e três votos contra, resultando em empate, decidido pelo presidente da CEI.

Ao justificar a convocação, Ronilson explicou que a comissão vai investigar a DTEC Brasil, empresa terceirizada de Fileti, responsável pela atualização do Portal da Transparência da Comurg. A suspeita é de suposta omissão de informações referentes à folha de pagamento e a contratações de comissionados. Segundo denúncia recebida pela CEI, a DTEC deixou de atualizar dados desde outubro de 2022, o que teria ocorrido a pedido do presidente da companhia, Alisson Borges.

De acordo com o presidente da comissão, denúncias apontam que a DTEC Brasil teria vencido todas as licitações referentes ao sistema de folha de pagamento, implementação de software e parametrização de informações, desqualificando outros concorrentes, para fechar com a Comurg. Renovações de contrato também estão sob suspeita, pois pessoas que prestavam consultoria não permaneceriam na companhia, apesar de o contrato ser renovado para serviço não prestado. Segundo Ronilson, contratos da empresa terceirizada com a Comurg ultrapassam R$ 20 milhões.