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Oseias diz que serão necessários 48 meses para equilibrar contas da Prefeitura

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 19/04/2017 12h55, última modificação 19/04/2017 14h55

Por quase duas horas, o secretário de Finanças da Prefeitura, Oseias Pacheco, traçou um quadro sobre as finanças da Prefeitura de Goiânia, as medidas tomadas para equacionar o problema de débitos com fornecedores da administração passada e ainda "a necessidade fundamental de controlar os gastos. Ou seja, só gastar conforme o que arrecadamos". O secretário veio hoje (19) à Câmara atendendo ao convite do vereador Elias Vaz, PSB, para quem o Paço  não cumpre compromissos básicos mesmo com dinheiro em caixa. 

"Por exemplo", citou Elias, "pelas informações que temos é que, em 28 de fevereiro deste ano, a Prefeitura tinha em caixa quase R$ 370 milhões. Portanto, não sabemos porque houve atraso para pagamento de salários, a população reclama pela merenda escolar, vagas na UTI e falta de ambulância  no SAMU por falta de manutenção, sem contar a falta de insulina para os portadores de diabete".O vereador quis saber o critério de gastos do Paço, já que a atual administração não estaria pagando dívidas atrasadas.

O secretário disse que a Prefeitura tem dinheiro em caixa, mas que não é suficiente para atender a todas as demandas. Ele reafirmou que Iris recebeu de Paulo Garcia uma dívida de R$ 670 milhões, dos quais R$ 100 milhões teriam sido pagos, restando um saldo de R$ 570 milhões. "Nesse sentido, em julho vamos iniciar uma negociação com os credores da administração, referentes a débitos de 2016 para trás. Vamos ter que parcelar esses valores. Hoje, temos uma déficit nominal mensal de R$ 31 milhões".

E completou:"Temos saldo de caixa, mas as prioridades são para pagar a folha do servidores, encargos sociais e posteriormente pagar dívidas da gestão anterior.Hoje, por exemplo, temos em caixa R$ 200 milhões, mas só a folha consome R$ 220 milhões, Vamos recompor para liquidar essa folha até final do mês".

ARRECADAÇÃO

Indagado pelo vereador Alysson Lima (PRB), sobre o montante do IPTU arrecadado até agora, Oseias respondeu que "recebemos até este mês R$ 750 milhões com IPTU e ITU. Mas que estamos trabalhando com austeridade, cortando gastos desnecessários, para investir em obras públicas. Aquelas que exigem alta contrapartida não serão feitas, por enquanto. Só aquelas que demandam menos recursos". Sargento Novandir, (PTN), completou perguntando a secretário:"Quando a prefeitura sairá do vermelho, ou seja, quando a situação vai melhorar".

"Estamos empenhados em só gastar o que a Prefeitura arrecadar. Em julho vamos negociar com os devedores o parcelamento das dívidas da administração passada. Inclusive vamos fazer uma profunda administração, devendo a proposta ser encaminhada a esta Casa brevemente", anunciou.

Zander Fábio (PEN) lembrou que a secretaria de Finanças age com rigor excessivo quando é para cobrar dos contribuintes mais humildes. "Quando o senhor vai iniciar a cobrança de quase R$ 5 bilhões de ISS devidos pelos bancos, shoppings center, estacionamentos, meios de comunicação, dentre outros". "Nossos auditores estão estudando essa questão", respondeu.

Ao final, Elias Vaz, Jorge Kajuru, Zander Fábio cobram do secretário o envio à Câmara da relação dos 100 maiores devedores da Prefeitura. Ele respondeu que não pode fornecer os nomes nem o cadastro porque "essa é uma proibição legal. Agora, se a Justiça determinar não vejo nenhum problema em encaminhar aos senhores vereadores essa lista".