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Pagamento de quinquênios na Comurg é questionado por vereadores

por Quezia de Alcântara publicado 14/03/2017 11h30, última modificação 14/03/2017 11h35

Repercutiu em boa parte da sessão de hoje (14) requerimento do vereador Elias Vaz (PSB) que pede auditoria do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) na folha de pagamento da Companhia Municipal de Urbanização (Comurg). De acordo com o vereador um levantamento realizado na folha de pagamento dos servidores daquele órgão indica que há irregularidades no pagamento do quinquênio para 40 funcionários, em cerca de meio milhão de reais por mês.

 Os funcionários efetivos do Município têm direito a quinquênio de 10 % de aumento no salário-base a cada cinco anos. “Um servidor com vencimento de R$3 mil vai acumular de quinquênio em toda a vida profissional em torno de R$2,1 mil, sem considerar os reajustes de data base”, explicou, acrescentando que identificou vários funcionários com quinquênios baixos, apesar de muito tempo de casa. “Um exemplo é o de uma médica que atua há mais de 20 anos e tem quinquênio acumulado de R$2.012”.

 Para ele há “uma elite de servidores da Comurg que tem o salário de R$ 4 mil e quinquênio de R$ 21 a R$ 24”, denunciou Elias”. Outro caso é o de um diretor que até o ano passado recebia de salário R$2.394 e quinquênio de R$7.739,25. No mês passado, esse valor saltou para R$21.690. “Queremos entender essa matemática que beneficia os amigos do rei”. Elias ainda mostrou uma listagem com os 40 maiores quinquênios, cujo total no mês de fevereiro foi de R$ 420 mil. Alguns parlamentares afirmaram que este valor pagaria os estagiários demitidos em vários órgãos com salários de R$ 900.

 O vereador Clécio Alves (PMDB) foi veemente ao apoiar o requerimento, destacando que há muitas irregularidades naquele órgão que precisam ser investigadas. Já, Jorge Kajuru (PRP) adicionou às denúncias que “parece que há donos na Comurg em relação ao tipo de liderança que certos gestores exercem”. Cabo Senna (PRP) externou que “é inadmissível um servidor ganhar mais que o presidente da república, o prefeito e os vereadores”. Ele defendeu a realização de uma auditoria na Companhia.

Priscilla Tejota (PSD) informou que acrescentará o assunto dos altos valores pagos em quinquênio à uma série de denúncias que estava levantando nos últimos dias para encaminhar ao TCM.

 O vereador Milton Mercêz (PRP) solicitou à presidência que envie ofício ao presidente da Comurg, Denes Pereira Alves, para que suspenda imediatamente o pagamento desses benefícios até que sejam apuradas as ilegalidades apresentadas. Elias Vaz informou que também pretende entregar uma representação sobre a denúncia ao promotor Fernando Krebs, pedindo providências ao Ministério Público.(Foto Eduardo Nogueira)