Pedro Azulão Júnior pede criação de cursos de capacitação que aproveitem resíduos da indústria têxtil
Pedro Azulão Júnior (PSB) propõe a criação do Programa de Parceria e Cooperação, em um projeto de lei (nº 34/2022) apresentado por ele na Câmara, com objetivo de promover o encaminhamento de retalhos de tecidos e outros produtos descartados da produção têxtil para cursos de qualificação e capacitação de baixa renda ou de vulnerabilidade social.
A logística de transporte e destinação final do material poderá ser realizada por cooperativas, parcerias com organizações da sociedade civil ou por convênio de lojistas, fabricantes e comerciantes com a Comurg, responsável pela coleta de lixo na capital.
O vereador explica que nos polos de confecção da capital são produzidas toneladas de resíduos têxteis e que não há política pública regulamentando o descarte deles. “O processo de fabricação, principalmente o corte e a costura, é o que mais gera perda de tecidos, ocasionando inúmeros problemas, tais como entupimento de bueiros, impermeabilização do solo e poluição do ar, quando queimados”, diz ele.
O projeto de lei sugere que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo crie “lojas sociais”, onde serão armazenados os retalhos vindos de fábricas e lojas da região da 44, Bernardo Sayão, região noroeste e outras geradoras de resíduos têxteis. Também nesses locais serão ofertados cursos nas áreas de costura e estilismo usando o material coletado como matéria-prima e visando, dessa forma, a capacitação de profissionais no segmento da moda. As peças de roupa produzidas poderão ser leiloadas e os valores arrecadados revertidos às organizações sociais parceiras.
A ideia é que as “lojas sociais” fomentem o empreendedorismo de costureiros e estilistas de baixa renda ou de vulnerabilidade social, possibilitando a inclusão e a reinserção delas no mercado de trabalho, por meio da realização de palestras e eventos de moda e empreendedorismo.
“O projeto de lei visa promover políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento de iniciativas que apoiem as atividades produtivas, geração de emprego e empreendedorismo, com o intuito de melhorar progressivamente, até 2030, a eficiência dos recursos globais no consumo e na produção, bem como dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental”, conclui Azulão.