Plenário retorna do recesso com derrubada de veto a projeto de prevenção à trombofilia
O plenário da Câmara Municipal de Goiânia derrubou o veto do prefeito Iris Rezende (nº 16/2020), com 18 votos favoráveis, ao projeto de lei (nº 47/2019) da vereadora Tatiana Lemos (PCdoB) que dá às mulheres atendidas na rede pública de saúde o direito de fazer a investigação genética para detecção da trombofilia, nos casos que a paciente tiver histórico familiar da enfermidade.
A trombofilia é uma predisposição para desenvolver trombose, doença caracterizada pela formação de trombos, ou coágulos de sangue. O problema é causado por deficiência na ação das enzimas responsáveis pela coagulação sanguínea.
A trombose pode causar inchaço, dor e pele pálida ou azulada em uma das pernas, a que estiver com a veia obstruída pelo coágulo, sendo chamada de trombose venosa profunda. Pode causar também embolia pulmonar, quando o trombo bloqueia artérias pulmonares; acidente vascular cerebral (AVC), quando a obstrução ocorre no cérebro; além de complicações na gravidez, como eclâmpsia, parto prematuro e aborto, quando há formação de coágulo em artérias e veia da placenta ou do cordão umbilical.
“A trombofilia faz com que nós mulheres soframos abortos na fase inicial da gestação ou quando o bebê já está formado sem saber a causa”, disse Tatiana, que participou da sessão plenária de forma remota. Pelo projeto da vereadora, a investigação deverá ser iniciada logo na primeira consulta da mulher com o ginecologista ou obstetra.
Retorno das atividades
Esta terça-feira (4) marcou o retorno das sessões em plenário e das atividades na Câmara após 15 dias de recesso regimental, em que a Casa funcionou apenas por meio período, sem realizar sessões plenárias.
A partir dessa semana, o horário de funcionamento volta a ser integral, das 8 às 18 horas, com atendimento presencial e as sessões realizadas de terça a quinta, das 9 às 12 horas, com participação dos vereadores presencialmente no plenário e remotamente para os que justificarem à Mesa Diretora.