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Prefeito defende Fátima Mrué na CEI da Saúde e promete excelência na área em menos de 90 dias

por Heloiza Amaral publicado 27/04/2018 12h30, última modificação 27/04/2018 16h40

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na Saúde em Goiânia ouviu, nesta sexta-feira (27), o prefeito Iris Rezende (MDB), que mais uma vez defendeu a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, dizendo que ela é atacada por ferir interesses de algumas pessoas e instituições. Fátima foi convidada pela CEI a acompanhar o prefeito, mas não compareceu.

Questionado pelos vereadores Elias Vaz (PSB) e Jorge Kajuru (PRP) sobre que pessoas e instituições seriam e sobre interesses escusos dos membros da comissão, Iris se esquivou e disse que as informações foram repassadas ao Ministério Público. De acordo com o prefeito, a capital está sobrecarregada com atendimentos à população do interior do Estado. “Goiânia tem 1,5 milhão de habitantes e 4,2 milhões cadastrados no SUS. Só hoje pela manhã, 6680 pessoas foram atendidas. São mais de 8 mil por dia”, explica.

A vereadora Cristina Lopes (PSDB) destacou que as secretarias municipais de Saúde pactuadas com a capital afirmaram que o repasse de verba referente aos pacientes encaminhados está em dia. O relator da CEI, Elias Vaz, questionou o prefeito sobre as irregularidades já constatadas pela comissão: equipamentos de raio-X novos guardados no almoxarifado, enquanto a prefeitura mantém contrato de aluguel dos aparelhos, superfaturamento na manutenção das ambulâncias do Samu, fila para vagas de UTI e o pagamento de mestrado para servidoras de nível médio e fundamental. Iris afirmou que os aparelhos de raio-X foram adquiridos na administração Paulo Garcia e que a prefeitura dará andamento ao processo de instalação nos Cais. Sobre o mestrado, o prefeito disse que, se o Ministério Público recomendar a suspensão do pagamento, isso será analisado, apesar de julgar que “discutir 108 mil é muito pequeno numa secretaria que lida com milhões”. Ele não falou sobre o caso das UTIs e ambulâncias, mas prometeu enviar uma resposta por escrito.

Para Elias, as respostas de Iris Rezende não foram positivas. “Ele não justificou as irregularidades, nem o motivo de elas continuarem existindo. O prefeito teria que tomar uma atitude concreta: resolver os problemas ou afastar a secretária Fátima Mrué”, avaliou o relator da CEI. O presidente da comissão, Clécio Alves (MDB), lamentou a defesa feita pelo prefeito à secretária da Saúde. “Se eu fosse prefeito, Fátima Mrué teria sido demitida no primeiro mês de gestão”, afirma. Na próxima semana, segundo Clécio, os membros da CEI vão se reunir com o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, para discutir problemas no atendimento das OSs, que recebem R$12 milhões por mês. (Foto: Wictória Jhefany)