Presidente da Câmara participa do primeiro dia das oficinas sobre o Plano Diretor e a Região Metropolitana
O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Vereador Andrey Azeredo (PMDB), abriu, nesta quarta feira, o primeiro dia de atividades das oficinas “Apresentação do Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Goiânia (PDI RMG) e “Apresentação da Revisão do Plano Diretor de Goiânia 2017 – Diagnóstico”, com palestras ministradas por profissionais da secretaria Estadual de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (SECIMA), da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (SEPLANH) e Universidade Federal de Goiás (UFG). O evento será realizado em dois dias, no período vespertino, no auditório Jaime Câmara, com o objetivo de apresentar os temas propostos para todos os vereadores da Casa e para a comunidade.
Andrey Azeredo abriu o evento ressaltando a necessidade da participação massiva da sociedade na revisão do Plano Diretor de Goiânia (PDG) e nas decisões que formatarão políticas públicas para a Região Metropolitana da Capital. Para ele, questões como uso da água, mobilidade, segurança, adensamento urbano e resíduos sólidos devem ser priorizadas. O presidente falou para um auditório lotado que reuniu desde prefeitos de cidades do interior, especialistas das áreas debatidas, instituições envolvidas e até estudantes universitários. “A Câmara está focada nessas discussões e me alegro em ver que a sociedade, organizada ou não, está atenta. Só teremos um bom Plano Diretor e um desenvolvimento justo e ordenado da Região Metropolitana se a população for ouvida e contemplada efetivamente. É fundamental que cada município dos vinte componentes da Região e seus Poderes sejam soberanos em seus territórios. Nesse sentido, a Câmara não aceitará que Goiânia perca nem um milímetro de suas atribuições nem tenha seu papel reduzido nas decisões da Região Metropolitana,” declarou.
Crise Hídrica
O reitor da UFG, professor Orlando Afonso Valle do Amaral elogiou a Câmara Municipal pela iniciativa de sediar e apoiar as oficinas e afirmou que “a UFG agradece a confiança que nos foi concedida para a participação de nossos professores, pesquisadores e estudantes no diagnóstico, na análise e nas propostas para Goiânia e os demais municípios”. Orlando concorda que o uso da água deve ser uma das prioridades debatidas, lembrou da crise hídrica atual e sentenciou: “é preciso pensar de forma integrada para solucionar problemas que não são simples.”
Henrique Alves, superintendente de Planejamento Urbano e Gestão Sustentável da SEPLANH e coordenador do Grupo Executivo da Revisão do Plano Diretor, informou que será apresentada nessas oficinas a identidade visual desta revisão com foco na Goiânia do Futuro e os 100 anos da capital, a ser comemorado em 2033. Essa identidade será firmada com uma página na internet, slogans e outras ferramentas que possibilitem a interação das pessoas e com isso estimulem a participação popular. Ele também agradeceu o empenho da Câmara em participar e ajudar a conclamar a sociedade para contribuir e conhecer os temas debatidos e disse que a Prefeitura quer deixar um legado para o futuro, pavimentando o terreno para que a Capital se consolide como uma cidade moderna, arrojada, democrática e que ofereça oportunidades e qualidade de vida para todos os moradores.
O titular da SECIMA, secretário Vilmar Rocha, aplaudiu a presença das pessoas no evento e argumentou que a crise hídrica atual é mais uma prova de como as questões urbanas e ambientais são sérias, urgentes e têm que ser analisadas cuidadosamente, com suporte técnico e observando as características dos municípios envolvidos. Ele defende um debate democrático entre as cidades e garante que tem buscado isso: “hoje estamos realizando nosso décimo nono encontro para tratar dos desafios da Região Metropolitana de Goiânia. O próximo e último será em Inhumas e desde o início temos ouvido a todos, com o suporte da UFG, para fazermos um prognóstico e elaborarmos um documento que será submetido à avaliação e deliberação pelo Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia e depois pela Assembleia Legislativa”.
Oficinas com especialistas
Na primeira exposição do dia foi apresentado um resumo do Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Goiânia (PDI RMG) pela professora Celene Cunha Monteiro Antunes Barreira, geógrafa, doutora em Geografia Humana e diretora do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA). Com experiência em pesquisas na área de Geografia, a professora tem se dedicado às questões urbanas e ambientais atuando principalmente nos seguintes temas: análise regional, desenvolvimento regional, configuração físico-territorial, cerrado, cidade e Regiões Metropolitanas. Logo após, a equipe da UFG apresentou uma palestra sobre as condições ambientais no PDI RMG.
Em seguida foi a vez do engenheiro civil Diógenes Aires de Melo, da equipe da Prefeitura que faz a revisão do Plano Diretor, experiente em projetos ambientais como a coleta seletiva, projeto Cata Treco e outros de recolhimento de materiais recicláveis e recuperáveis, fazer a apresentação do Eixo Estratégico de Sustentabilidade Socioambiental no PDG. Após as exposições dos profissionais, a pauta do evento foi aberta para debates e para a aplicação de um questionário sobre os temas do dia.