PRESIDENTE DO IMAS DIZ QUE DÍVIDA ESTÁ SENDO PAGA E QUE ATENDIMENTO SERÁ NORMALIZADO
O presidente do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), Fernando Evangelista, veio à Câmara prestar esclarecimentos aos vereadores Anselmo Pereira (PSDB) e Tatiana Lemos (PCdoB) sobre a paralisação do atendimento feito pelos médicos credenciados no instituto desde a segunda-feira passada (28).
A dívida da prefeitura com o Imas é de mais de R$ 115 milhões em valores atualizados e vem desde 2002. Fernando disse que a dívida da gestão do prefeito Paulo Garcia é de R$ 42 milhões e que “a gestão do prefeito Paulo Garcia deve nada da parte consignada, ou seja, aquela que é descontada do servidor” e que “existe dívida no repasse do consignado de gestões passadas.”
“Desde o mês de fevereiro, o repasse ao Imas está sendo integral, tanto da parte consignada, quanto da patronal, a que deve ser paga pelo empregador, ou seja, a própria prefeitura.” Ele afirmou que a dívida do mês de novembro do ano passado em diante foi quitada, mas que ainda há impasse sobre a quitação da parcela de outubro, o que provocou a paralisação dos serviços. Segundo ele, isso deverá ser solucionado esta semana.
O presidente do Imas prevê que até meados do segundo semestre a dívida da gestão da prefeitura atual seja quitada. “Estamos fazendo o compromisso com os médicos, hospitais e clínicas para pagar todas as faturas que estão em atraso”. Ele explicou que têm feito mudanças internas para desemperrar processos, como os de liberação de faturas e que um novo sistema informatizado está sendo implantado, o que irá garantir melhora nos processos de auditorias.
Questionado por Anselmo Pereira sobre a falta de um cartão do beneficiário aos moldes dos outros planos de saúde, Fernando disse que está sendo instalado um sistema eletrônico que elimina as guias de papel e as idas dos servidores ao instituto para pegar autorização para realizar exames. Grande parte das autorizações já está sendo feito pela Internet e no momento das consultas e exames.
Anselmo disse que a Câmara vai exigir a desburocratização no instituto e que os repasses feitos a ele pela prefeitura sejam pontuais. “Queremos um serviço de excelência para os servidores públicos do município de Goiânia”. Sobre as suspeitas de que esse repasse na verdade não esteja ocorrendo, Anselmo disse que “quem arrecada e não destina ao lugar certo, quem retêm dinheiro de alguém ilegalmente está cometendo um crime e precisa ser punido”.
A administração atual do Imas tem apenas dois meses, contudo Tatiana Lemos defendeu que sejam investigadas as administrações passadas para punir os responsáveis que causaram o “caos” atual e que o dinheiro descontado do servidor seja vinculado diretamente ao instituto. “Descontam-se os 4% do salário do servidor todo mês, mas o dinheiro não chega lá, assim o Imas não consegue pagar os prestadores de serviços médicos”.
(Guilherme Machado)