Priscilla Tejota propõe declarar Feira Hippie patrimônio cultural da cidade de Goiânia
A vereadora Priscilla Tejota (PSD) apresentou na sessão ordinária desta quinta-feira (20) um projeto de lei (nº 159/2020) que declara a Feira Hippie como patrimônio cultural imaterial de Goiânia.
Com mais de 6 mil barracas, a Feira Hippie de Goiânia é considerada a maior feira ao ar livre do Brasil e da América Latina. “A importância da Feira Hippie, como referência cultural e comercial de Goiânia, se tornou tão grandiosa que pessoas de toda parte do país chegam, semanalmente, em uma média de 40 ônibus, para as realizar compras, consumindo nossa cultura e levando nossa produção para revender em suas regiões”, destaca Priscilla.
A parlamentar reforçou a importância da Feira Hippie como dos pontos mais significativos para a realização de compras e consumo da cultura goianiense. “É um bem imaterial e patrimônio intangível, pois é o ponto de encontro de famílias da capital, construída na história da cidade de Goiânia” salientou.
“A Feira Hippie se enquadra perfeitamente nesse conceito para ser considerada como Patrimônio Cultural Imaterial da nossa cidade de Goiânia, representando parte da arte, cultura e história do povo goianiense”, defendeu a vereadora.
Patrimônio Cultural
O patrimônio cultural de uma sociedade é o fruto de uma escolha a partir daquilo que as pessoas consideram ser mais importante, mais representativo da sua identidade, da sua história, da sua cultura, ou seja, são os valores, os significados atribuídos pelas pessoas a objetos ou práticas culturais e até a lugares, que os tornam patrimônio de uma coletividade.
De acordo com o artigo 216 da Constituição Federal, constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza imaterial, tomados em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade, que inclui os espaços destinados às manifestações artístico-culturais.
História
A história da Feira-Hippie começou na década de 60, quando hippies expunham suas peças artesanais no Parque Mutirama. Posteriormente, eles foram para a Praça Universitária, seguindo para a Praça Cívica, depois para a Avenida Goiás e por último para a Praça do Trabalhador, onde funciona até hoje. A feira surgiu a partir do encontro de pessoas que se identificavam com o Movimento Hippie, nas décadas de 60 e 70, comercializando bijuterias artesanais, pinturas, objetos artísticos e antiguidades.
Já nas últimas décadas começou a abrir espaço para outras formas de mercadoria, se adequando às novas necessidades da população, porém, sem perder sua característica de estilo de vida. Atualmente, na Feira Hippie é possível encontrar artesanatos, exposição de artistas plásticos, eletrônicos, calçados, roupas, artigos regionais e ainda comidas típicas.
O funcionamento da feira inicia na sexta-feira, após as 18 horas, e encerra somente às 15 horas do domingo. Quão grande é a procura, os feirantes tiveram que se adequar para atender a todos.
Texto e foto da assessoria de comunicação da vereadora