Projeto de lei torna escolas em pontos de coleta de óleo de cozinha
As escolas e creches de Goiânia, públicas e privadas, poderão se tornar pontos de coleta de óleo de cozinha usado. A ideia é do vereador Izídio Alves (PR). “O projeto de lei tem como objetivo a proteção do meio ambiente, evitando a poluição e degradação dos rios e mananciais de água da nossa cidade, a geração de renda e trabalho, bem como a conscientização dos alunos da importância da reciclagem de óleo de cozinha”, explica o autor.
Para fazer a coleta do material periodicamente, as instituições deverão escolher uma empresa ou cooperativa, que deverá instalar um recipiente com capacidade para receber no mínimo mil litros. As empresas e cooperativas que atuarem nas instituições poderão realizar atividades lúdicas de educação ambiental e doar materiais escolares a alunos que entregarem mais óleo de cozinha usado como forma de premiar pela iniciativa de preservação do meio ambiente.
“É melhor educar as crianças do que ter que punir os adultos. Conscientizá-las sobre os benefícios da coleta seletiva e da preservação ambiental vai evitá-las de conviver com os danos causados pela poluição e degradação ambiental. Além disso, elas poderão multiplicar em casa e na vizinhança os conhecimentos adquiridos na escola.”
O óleo de cozinha é amplamente utilizado na alimentação no Brasil. A projeção é que, em 2012, foram consumidos 6,1 milhões de toneladas de óleo. Depois de utilizado, o óleo de cozinha sofre degeneração por diversas reações químicas, que são aceleradas pela alta temperatura do processo de fritura. Nesse ponto, o óleo se torna inviável sob o ponto de vista econômico, tornando-se um resíduo indesejado. Em média, um litro de óleo despejado no esgoto tem capacidade de contaminar cerca de um milhão de litros de água. A contaminação encarece o processo de limpeza da água e prejudica o funcionamento das estações tratamento. Para retirar o acúmulo de óleo e gorduras nos encanamentos são usados produtos químicos altamente tóxicos, o que acaba criando uma cadeia nociva à saúde. Fora do esgoto, a presença de óleo nos rios cria uma barreira que dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo assim a base da cadeia alimentar aquática.