Projeto de Sabrina cria frente parlamentar de prevenção ao suicídio e pela valorização da vida da juventude
A Câmara de Goiânia aprovou, em segunda votação, na Sessão Ordinária desta quinta-feira (16), projeto de decreto legislativo (PDL 010/2022) para criação da Frente Parlamentar de Prevenção ao Suicídio e pela Valorização da Vida da Juventude. A matéria é de autoria da vereadora Sabrina Garcez (Republicanos).
Segundo o texto, a frente parlamentar deverá contar com, no mínimo, um integrante de cada partido com representação na Câmara. Caberá ao grupo propor projetos, analisar dados, desenvolver estudos, promover seminários e audiências públicas, além de viabilizar iniciativas do Executivo e do Legislativo para prevenção do suicídio e pela valorização da vida.
"É crucial a criação da frente parlamentar, nesta Casa, a fim de compreender o fenômeno que ceifa tantas vidas de jovens. Em consequência, desenvolver políticas públicas para enfrentamento da questão. Para tanto, vamos promover amplos debates com representantes políticos, institucionais e com a sociedade civil", afirmou Sabrina.
De acordo com a vereadora, "a Organização Mundial da Saúde estima que, no mundo, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio, anualmente, sendo a quarta causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, por exemplo, 112.230 mortes por suicídio ocorreram entre 2010 e 2019 – aumento anual de 43%. Em Goiás, no ano de 2020, o índice de mortes por suicídio chegou a 3,5 por dia".
Prevenção à automutilação
Projeto de lei – também de autoria da parlamentar – para instituição da Política Municipal de Prevenção à Automutilação em Jovens foi publicado, nesta semana, no Diário Oficial do Município. Segundo Sabrina, a nova Lei possibilitará promoção da saúde mental e prevenção à violência autoprovocada. "Estima-se que um em cada cinco adolescentes já praticou autolesão não suicida pelo menos uma vez. Casos associados à depressão, à ansiedade e ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Também não descartamos abusos físico e sexual, maus-tratos e separação familiar", concluiu.