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Projeto revoga Lei que renova concessão da exploração de serviço de saneamento

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 14/11/2019 13h01, última modificação 14/11/2019 13h01

A renovação da concessão, pela Prefeitura, para a  Saneago continuar explorando o serviço de abastecimento de água e esgoto sanitário em Goiânia foi um dos principais assuntos debatidos na sessão de hoje (14) da Câmara. Nesse sentido, dois vereadores, Carlin Café, Cidadania, e Alfredo Bambu, Patriota, apresentaram dois projetos com o mesmo objetivo: revogar a Lei 9.787, de abril de 2016, que autoriza o Paço a estabelecer com o governo estadual a concessão para a Saneago continuar explorar o serviço de saneamento na capital.

Carlin Café teve seu projeto (399/2019) registrado antes ao de Alfredo Bambu. O que gerou um certo constrangimento entre os dois vereadores. Mas Carlin afirmou que vai incluir os nomes dos 35 vereadores na propositura. Como tem a mesma finalidade, um dos projetos será arquivado. No caso, o do vereador Bambu por ter sido registrado na Casa após o do Carlin. 

CRÍTICAS

Carlin lembra que a atual concessão vence em 2023 e que a nova valeria pelos próximos 30 anos. "Então, fundamental rever isso, A Câmara precisa debater esse assunto com mais profundidade por se tratar de um assunto de interesse de toda a comunidade goianiense. Espero, portanto, que esta Casa revogue essa concessão", disse. O vereador lembrou ainda que 42% da receita da Saneago são oriundos de Goiânia.

"Ou seja", completou ele, "dos R$ 220 milhões do faturamento da empresa mais de R$ 80 milhões são obtidos na capital. Enquanto isso, o morador local tem um péssimo serviço no que diz respeito ao fornecimento de água e serviço de esgoto. Sem contar que grande parcela dos recursos são aplicados em outros municípios e não em Goiânia".

Por sua vez, Alfredo Bambu lembrou que o governo estadual pretende vender 49% das ações da estatal na Bolsa de Valores, visando captar mais recursos. "Acontece que tais recursos serão utilizados apenas para capitalizar a empresa e o próprio Estado. Mesmo com a promessa de se utilizar 30% desses recursos das ações no serviço de saneamento. O volume de água sem tratamento que chega ao Meia Ponte é suficiente para encher 55 piscinas olímpicas. Elevado índice de poluição do rio que abastece a cidade", criticou.