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Projeto veda uso de máscaras de acrílico na capital

por Da Redação publicado 18/02/2021 16h50, última modificação 18/02/2021 17h23
Projeto veda uso de máscaras de acrílico na capital

Foto: Antônio Silva

O vereador Marlon Teixeira (Cidadania) apresentou nesta quinta-feira, 18, na Câmara de Goiânia, projeto (número 37/2021) acrescentando dispositivos à Lei Municipal 10.555, de 12 de novembro de 2020 – portanto, já em vigor -, para proibir o uso de máscaras protetoras de rosto feitas em acrílico, materiais plásticos ou equivalentes, que não contenham filtro de ar ou que não estejam acompanhadas do uso concomitante de máscaras de tecido hospitalares ou não hospitalares.

Em sua justificativa, Marlon argumenta que esse tipo de máscara, semelhante a uma viseira – denominada face shield -, é apenas uma barreira física, inadequada e incompleta para uma proteção eficaz contra a disseminação do novo coronavírus. Ele se diz preocupado com a grande quantidade de pessoas que têm recorrido ao equipamento na tentativa de se proteger contra a Covid-19. “Segundo especialistas, embora a viseira forneça uma barreira de proteção parcial, as gotículas no ambiente ainda podem ser inaladas e expelidas pelas áreas abertas do equipamento, sendo ineficaz quanto à proteção do contágio”, destaca.

 Bases científicas

 Ainda com base em pesquisas científicas, Marlon frisa que as viseiras face shield fornecem proteção apenas para os olhos e não devem ser consideradas como equivalentes às máscaras, principalmente no que diz respeito à proteção contra gotículas respiratórias e/ou controle de fonte; podem, contudo, ser usadas de forma complementar. O vereador aponta estudo publicado na Revista Physics of Fluids, do Instituto Americano de Física: “os cientistas responsáveis pela pesquisa comprovaram que, ainda que o face shield bloqueie o fluxo inicial de gotículas de uma tosse ou espirro simulado, essas gotículas ainda podem se mover ao redor da viseira e se espalhar por uma grande área em um ambiente; um metro de distância em dez segundos”.

É por isso que essas viseiras devem ter o complemento do uso da máscara, sempre com duas camadas de tecido e não serem utilizadas como forma de substituí-la. Além disso, ao contrário do que muita gente entende, a viseira de proteção total de rosto não é mais efetiva que a máscara e não funciona com eficácia sem o uso complementar da máscara de tecido. Ou seja, o face shield, definitivamente, não bloqueia tão bem a tosse ou o espirro; então, você vai tossir e continuar espalhando secreções e gotículas, com vírus, no ambiente”, arremata Marlon. 

*Com informações da Asessoria de Imprensa do vereador