Audiência pública debate revitalização e manutenção do Parque Lago das Rosas
A Câmara de Goiânia realizou, na tarde desta segunda-feira (8), audiência pública para debater acerca da manutenção e da conservação do Parque Lago das Rosas. O autor da propositura foi o vereador Willian Veloso (PL), após solicitação da Associação de Moradores e Frequentadores do Lago das Rosas (Alagro). Revitalização e segurança do local estiveram entre as principais pautas do debate, que contou com participação de representantes da comunidade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul).
“O Parque é patrimônio da capital e dos goianos; é um dos mais belos cartões postais da nossa cidade. Infelizmente, está abandonado pelo poder público”, destacou a presidente da Alagro, Maria Helena Tavares Vilela, que, em sua explanação, apresentou fotos, dados históricos e propostas de revitalização para o complexo.
História
Localizado entre o Setor Oeste e a Região Central de Goiânia, o Lago das Rosas é o parque mais antigo da capital. A doação da área para construção do parque ocorreu em 1933. Quatro anos depois, em 1937, foi criado o Horto Florestal, posteriormente transformado no Parque Zoológico de Goiânia – este fundado, oficialmente, em 1956, e que hoje, em uma das principais áreas verdes da cidade e com cerca de 200 mil metros quadrados, abriga mais de 450 aves, mamíferos e répteis de 122 espécies diferentes, tanto da fauna brasileira como exótica.
A placa de inauguração do Lago das Rosas – à época, construído para ser um parque popular de lazer – data de 1940, sob administração de Pedro Ludovico Teixeira, então interventor federal. O nome se deve a um jardim de rosas que havia no local, antes do início da obra. O Parque Lago das Rosas, portanto, é parte da história de Goiânia, de Goiás, e é também nisso que moradores da região sustentam suas reivindicações.
Demandas
“Não há preocupação, por parte dos gestores públicos, com a conservação dessa história nem do espaço comunitário”, destacou a presidente da Alagro. Ela apontou que o Castelinho – tombado pelo Estado e pelo Município – e que as muretas e o trampolim, construídos em art déco – tombados pelo Iphan, carecem urgentemente de cuidados, de revitalização e de manutenção, assim como o lago.
A Alagro, entre suas propostas de recuperação do complexo, pede reestruturação da pista de caminhada – de 2,4 mil metros quadrados –, conforme padrão existente e com recuperação das zonas de erosão, além da criação de mais espaços infantis, mais academias ao ar livre e da instalação de banheiros e mesas para piqueniques – atualmente, o local conta com duas academias ao ar livre e um espaço infantil. A falta de iluminação pública e de segurança para frequentadores, bem como o excesso de ruídos, devido à proximidade de hospitais, também foram citados como preocupações urgentes.
Encaminhamentos
“O Iphan notificou a Prefeitura de Goiânia sobre as questões não resolvidas e nada foi feito. Embora a associação tenha elaborado projetos para melhorias e os tenha também apresentado à Prefeitura, poucas ações concretas foram realizadas, com apenas um pequeno reparo”, pontuou Willian Veloso. “A falta de resposta do Executivo às demandas da comunidade local é notável com ausência de representantes da administração municipal convidados para esta audiência, entre outras autoridades”, acrescentou o vereador, lembrando o convite feito, principalmente, à Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).
Ao fim da audiência pública, o parlamentar anunciou que irá requerer à Prefeitura respostas às demandas apresentadas pelos moradores e frequentadores do Parque Lago das Rosas e que cobrará providências. Willian Veloso afirmou, ainda, que solicitará reunião com o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), acompanhado de comissão composta por membros da Alagro.