Sabrina Garcez levanta discussão sobre endometriose
A endometriose esteve entre os assuntos de maior repercussão na sociedade brasileira, nos últimos dias, depois que a cantora Anitta revelou ter a doença. Na Câmara de Goiânia, tramita projeto de lei que cria a Política de Orientação, Diagnóstico e Tratamento de Endometriose. O texto é de autoria da vereadora Sabrina Garcez (Republicanos).
A partir da constatação da falta de informações e de dificuldades para diagnóstico precoce, a proposta promove políticas públicas que assegurem tratamento integral e adequado às mulheres com a doença. Nesse sentido, determina criação de política municipal que inclua realização de campanhas de divulgação e de esclarecimento sobre tratamentos; parcerias com entes públicos e privados; e estímulo a pesquisas e estudos a respeito da endometriose.
Ainda segundo o projeto, a ideia é garantir às mulheres diagnosticadas acesso universal e equitativo aos exames necessários – especialmente ultrassom endovaginal e ressonância magnética pélvica com preparo intestinal – além de tratamento na rede pública municipal. A iniciativa pretende ainda capacitar profissionais da saúde, de forma a garantir que pacientes sejam acompanhadas por equipe especializada.
Também com endometriose, Sabrina explica que a doença pode ser assintomática ou manifestar sintomas variáveis de uma mulher para outra, o que dificulta o diagnóstico. "Mulheres não têm informação nenhuma sobre endometriose. Precisamos corrigir isso a nível nacional", afirma.
A expectativa da parlamentar é de que o projeto seja sancionado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos).
A doença
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 10% da população feminina, no Brasil, é atingida por endometriose. O problema afeta mulheres na idade reprodutiva, entre 25 e 35 anos, e pode levar à infertilidade. A depender do caso, o tratamento pode ser clínico, cirúrgico ou uma combinação de ambos.
Especialistas esclarecem que mulheres devem estar alertas para cólicas menstruais intensas, de forma regular e prolongada. Os principais sintomas são dores menstruais, na ovulação, durante ou após relações sexuais e na inserção de absorvente interno, além de alterações urinárias e intestinais.
*Com informações da assessoria de comunicação da vereadora