Secretária de Saúde não comparece à CEI das Contas
Secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué não compareceu à reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga as contas da prefeitura de Goiânia no período de 2008-2016 e, especialmente, o déficit mensal de mais de trinta milhões de reais. Convidada, a secretária alegou problemas de agenda e enviou para representá-la o médico Robson de Azevedo, que é Superintendente de Saúde da pasta. Como o convite era específico para a titular da Saúde, o depoimento do representante foi dispensado.Também não compareceram para oitivas, Salustiano Gabriel Neto e Ronaldo Vieira, ex-superintendente de Habitação e Regulamentação Fundiária da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh). De todos os convidados e convocados para a reunião, apenas o médico Ibraim Jacob Facure, do Hospital São Marcos, prestou esclarecimentos.
CEI
Presidida pela vereadora Priscilla Tejota ( PSD), a Comissão é formada pelos vereadores Jorge Kajuru (PRP), relator; Jair Diamantino (PSDC), Oséias Varão (PSB), Tiãozinho Porto (PROS) e Kleybe Morais (PSDC), todos presentes na oitiva realizada nesta segunda-feira, 11, na Sala das Comissões. Esta foi a vigésima nona reunião realizada e já foram colhidos 52 (cinquenta e dois) depoimentos.
Contrato
Priscilla Tejota questionou o gestor do Hospital São Marcos sobre os motivos de um termo aditivo feito em agosto de 2013 em um contrato assinado apenas um mês antes entre aquele hospital e a SMS. Outra questão levantada foi com relação ao aumento de cerca de quatro milhões de reais, de um ano para outro em contrato. Com a falta de esclarecimentos, a vereadora solicitou o envio de cópias da documentação dos contratos para a CEI. Segundo outro médico – Rodrigo- do Hospital São Marcos, a SMS está com dívidas junto àquela unidade de saúde- sete meses em 2016 e 5 meses em 2017. Priscilla também registrou sua estranheza com o fato de que 70% do orçamento da pasta serem direcionados à clínicas e hospitais particulares, sobrando poucos recursos para serem aplicados nas unidades públicas municipais de saúde.
Para o relator Jorge Kajuru, existem inúmeras irregularidades detectadas na gestão de Fernando Machado na SMS, incluindo “um serviço de pós-internação prestado por uma empresa de Aparecida de Goiânia que não possui sequer uma única ambulância. Este contrato que era de cerca de dois milhões e trezentos mil reais ao ano foi renovado no apagar das luzes da gestão Paulo Garcia, subindo para mais de quatro milhões de rais ao ano”.
Próxima reunião
Kajuru também registrou sua indignação com a ausência de Fátima Mrué- a exemplo de Priscilla e Kleybe Morais - afirmando que considera “ uma falta de respeito desta secretária. Ela já não respeita os vereadores e agora falta com respeito com uma Comissão de investigação”. Por outro lado, prevendo a ausência do prefeito Íris Rezende, como convidado, na reunião desta quarta-feira, 13, o relator da CEI pediu a convocação de Waldi Camárcio e Osmar Magalhães, ex-auxiliares de Paulo Garcia.