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Secretária debate com vereadores situação da saúde municipal

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 19/10/2017 13h45, última modificação 19/10/2017 14h26
Secretária debate com vereadores situação da saúde municipal

Foto: Alberto Dias

Por mais de duas horas, a secretária municipal da Saúde, Fátima Mrué, debateu exaustivamente com os vereadores os problemas e as propostas do Paço para solucionar a crise do setor na capital, especialmente no atendimento à população mais carente. Convocada pela vereadora Priscilla Tejota, PSD, a secretária ouviu críticas, reclamações e sugestões dos vereadores da base do Prefeito como também os da oposição. 

Fátima Mrué negou, com veemência, que tenha pedido demissão do cargo e garantiu que tem "um compromisso firme com o prefeito Íris Rezende, que é oferecer um serviço de saúde digno à população. Jamais passou pela minha cabeça pedir demissão do cargo". A vereadora Cristina Lopes, PSDB, que fez pesadas críticas à atual administração da SMS, apresentou requerimento para que a Secretária compareça a cada quinze dias na Câmara para debater com a Casa a situação da pasta.

"Não vejo nenhum problema estar aqui quinzenalmente para discutir os problemas do setor. Será mais uma forma de ampliação do diálogo com este Poder, que deve mesmo participar da busca de soluções para a saúde", frisou ela. A Secretária confirmou ainda que a taxa de ocupação das UTIs é baixa, ou seja, cerca de 50%, quando o recomendado é de 90%.

'"Essa situação não pode continuar. Mas desde 2014 tem um débito com os prestadores. O que temos recebido da União, do Estado e do município é insuficiente para cobrir tal despesa. Posso dizer que os prestadores de serviço estão sendo pagos, apesar das dificuldades", reafirmou. E acrescentou: "A dívida mensal com os 100 prestadores, fora insumos, por exemplo, é maior que toda a receita mensal da Secretaria. Até agora, não houve rompimento de nenhum convênio com prestador de serviço".

TERCEIRIZAÇÃO

Sobre a sugestão do vereador Anselmo Pereira, PSDB, para que sejam terceirizados os Cais da Prefeitura, ela respondeu: "Esse é um dos instrumentos a ser considerado pela atual administração". Outros vereadores Anderson Sales, PSDC, Tiãozinho Porto, Pros, Priscilla Tejota, PSD, Paulo Magalhães, PSD, Sabrina Garcêz, PMB, Vinicius Cirqueira, Pros, reclamaram da situação dos Cais dos seguintes bairros: Jardim Amércia, Guanabara, Universitário, Riviera, Urias Magalhães "Estamos empenhados em solucionar esses problemas".

Cristina Lopes, porém, foi dura ao denunciar "a situação de abandono do Cais do Jardim América. "Ali foi abandonado pela Prefeitura. Não existe informação nem controle sobre o local. O pior é que o mesmo não está sendo reformado", acusou a tucana. Fátima Mrué respondeu;"O Cais da Jardim América preocupava com falta de estrutura. Ele será reformado totalmente. A manutenção antiga era precária. Acredito que na próxima segunda-feira, dia 23, a empresa contratada deve começar ali as obras de restauração".

A vereadora Sabrina Garcêz quis saber o porquê da falta de manutenção das ambulâncias. "Ora", diz ela, "a Prefeitura recebe quase R$ 700 mil da União e outros R$ 339 mil do Estado para esse serviço. Parece que esses recursos são  utilizados para pagar folha de pessoal para a manutenção das ambulâncias. O Hospital do Câncer pode perder um acelerador nuclear se o devido convênio não for assinado pela Prefeitura. O aparelho pode ser levado para Mato Grosso do Sul". A Secretaria respondeu que as ambulâncias são antigas e estão sem manutenção realmente e que o Ministério da Saúde foi comunicado do fato e medidas serão adotadas para solucionar o problema.

Disse desconhecer, porém, recursos para manutenção das ambulâncias estariam sendo utilizados para quitação de folha de pessoal. "Não tenho conhecimento disso", alegou Mrué.