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Secretária e superintendente confirmam autenticidade de documento sobre leitos de UTI

por Quezia de Alcântara publicado 26/03/2018 12h30, última modificação 26/03/2018 16h23

A CEI da Saúde ouviu nesta segunda-feira, 26, a secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué e a superintendente de Regulação da pasta, Andréa Barbosa. O objetivo foi confirmar o envio e autenticidade de um relatório enviado à comissão sobre a quantidade de leitos das UTI’s credenciadas pelo SUS na capital, já que a secretária havia dito a um jornal desconhecer tal documento, apesar do mesmo ter assinatura da superintendente e da chefe de gabinete da SMS, Arlene de Castro, que enviou atestado médico e não compareceu à oitiva.

Andréa Barbosa confirmou que sua superintendência foi a responsável pela preparação do relatório e envio do documento para o gabinete da secretária. Fátima Mrué, por sua vez,  justificou que afirmou ao jornalista desconhecer o teor do relatório porque não lhe foi especificado a qual documento se referia. “Enviamos 84 documentos à essa comissão, sendo 54 em 2017 e 30 este ano e não tenho como me lembrar de todos”, declarou.

Mrué pediu aos vereadores que se atenham aos dados do Ministério da Saúde. Ela repassou tabela aos vereadores na qual o número de diárias disponíveis em 2017 foi de 170.360, das quais 97.820 foram utilizadas pelos pacientes regulados do SUS, gerando uma taxa de ocupação de 57% dos leitos. Ou seja, 43% dos leitos que as UTI’s disponibilizaram não foram ocupadas pelos pacientes do SUS. No relatório enviado à CEI a taxa era de 41% de desocupação.

Jorge Kajuru (PRP)  e Elias Vaz (PSB) questionaram informação dada à CEI semana passada, pela gerente de internação hospitalar da SMS, Márcia Souza, que asseverou a diminuição dos leitos de 400 em 2017 para 230 em 2018.

A secretária garantiu que a gestora está equivocada porque não houve essa diminuição informada. “Houve aumento de diárias contratualizadas. Em 2015 eram 135 mil e passamos para mais de 170 mil em 2017”, assegurou. “O que pode ocorrer na discrepância de alguns números é que não há uma  quantidade fixa, pois algumas UTI’s podem estar sendo descredenciadas e outras credenciadas, variando as diárias”.

Os vereadores quiseram saber o motivo dessa atualização não ser feita a miúde, já que algumas UTI’s pertencem a hospitais que já estão, inclusive, fechados. Mrué afirmou que o processo de desabilitação e habilitação de UTI’s é demorado, pois há procedimentos administrativos legais, como diligências e auditoria a serem cumpridos.

Ela pediu aos membros da comissão cautela na divulgação das informações para não gerar pânico na população. Os vereadores, no entanto, foram unânimes em defender que a situação precária da área de saúde de Goiânia é que tem gerado pânico e eles apenas têm reverberado as denúncias que a população tem sofrido.

Para Clécio Alves (MDB) que preside a CEI da Saúde a secretária ao responder a comissão, se retratou da afirmativa do jornal, pois além de reconhecer o relatório como saído de unidades da SMS, autentificou as informações nele contidas. (Foto de Alberto Maia)