Secretária Mrué faz sua última prestação de contas
A secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué, fez hoje, 10, prestação de contras do 2º Quadrimestre de 2020(maio-agosto) de sua pasta.
A audiência realizada de forma remota foi coordenada pela vereadora Priscilla Tejota (PSD), que preside a Comissão de Saúde da Casa.
Segundo informou, os recursos do Tesouro aplicados em saúde no Município alcançaram o percentual de 19,6%, acima dos 15% previstos na Lei 141/2012.
Mrué informou aos vereadores sobre a produção de serviços da SMS: foram realizadas 89.877 internações hospitalares, entre procedimentos cirúrgicos e clínicos, no valor de R$181.108.891. Um total de 11.475 internações se deram em UTIs. “Foram cerca de 26.600 procedimentos ao mês”, reiterou a secretária.
Houve uma diminuição das internações eletivas, conforme mostrou Fátima Mrué, devido à pandemia pelo Covid19. Os estabelecimentos que mais internaram pacientes pelo SUS foram: Hospital do Câncer, Hospital de Urgências-Hugo, Hospital de Urgências-Hugol, Santa Casa, Hospital Ruy Azeredo, Hospital das Clínicas e Hospital Geral.
Em números, foram feitos 7.634.762 procedimentos ambulatoriais; na rede básica do SUS, 1.232.110 atendimentos. Na atenção médica de urgência, 352.193 atendimentos.
Já na atenção básica odontológica, ocorreram 34.106 procedimentos. Houve uma queda acentuada já que no mesmo período em 2019, foram 96.678 pacientes atendidos. “A queda foi motivada pela pandemia, porque os erviço foi o primeiro a ser suspenso devido ao alto risco de contágio”, explicou Fátima.
Quanto ao índice de mortalidade, a secretária informou que ocorreram no 2º quadrimestre, 7.410 óbitos, dos quais, 1.927 ocasionados por doenças infecciosas, sendo a Covid19 uma delas.
Relativamente à pandemia pelo novo Coronavírus foram realizadas uma série de ações específicas, tais como: 23 decretos da Prefeitura, 15 portarias da SMS, 16 normas técnicas, dezenas de notas informativa, recomendações, fluxogramas e protocolos. Foi criada a central de Telemedicina que atendeu a 145.824 pacientes em quarentena. Também foi implantada uma Central Humanizada com equipe de diversos profissionais de saúde para atendimento aos goianienses.
Fátiam Mrué esclareceu que foram implementados 85 leitos de UTI e 60 leitos de enfermaria no Hospital Célia Câmara, que foi dedicado para o tratamento da Covid19. Também foi feita parceria com o Hospital das Clínicas para disponibilização de 34 leitos de UTI e 30 leitos de enfermaria para tratar os pacientes da doença. Outros nove hospitais disponibilizaram juntos 222 leitos de UTI e 206 leitos de enfermaria para tratar os infectados.
Sobre as testagens para detecção da doença, ela relatou que foram iniciadas em 5/8/20 e que as regiões eram escolhidas mediante análise epidemiológica de onde estavam ocorrendo a maioria dos casos. O atendimento foi feito por drive-thu e ponto fixo. “O paciente positivado era atendido por médico, que já lhe dava atestado médico e o isolava em quarentena; testava todos que tinham tido contato; também era incluído no serviço de Telemedicina onde podia ser monitorado”, contou a secretária, indicando que foram testadas 81.438 pessoas, sendo que 12,7% foram positivadas para a doença. “Após essa testagem tivemos uma queda de 15% dos casos de internação por síndrome respiratória aguda em Goiânia”, adicionou a secretária.
Mrué mostrou aos parlamentares dados do Inquérito de Prevalência de anticorpos contra o SERS-Cov2 no Município. O documento apontou que a maioria dos pacientes que morreram tinham idade superior a 60 anos e que as doenças pré-existentes que esses pacientes possuíam eram: diabetes, doença cardíaca, doença renal, obesidade e hipertensão. Em vista disso, a SMS desenvolveu duas estratégias para evitar mais óbitos: internação mais precoce de pessoas que testavam positivo para o novo Coronavírus e tinham esses comorbidades e implantação de sensores de glicemia para os diabéticos para acompanhamento pela central de Telemedicina, já que 30% dos que faleceram tinham esta doença.
Foi a última prestação de contas da SMS realizada nesta Legislatura. As contas do 3º quadrimestre (setembro-dezembro) deverão ser apresentadas ano que vem, com a Casa – e suas comissões, e o Paço – e seus órgãos, sob novas investiduras.