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Secretário afirma que Casa de Vidro ficará 40% mais barata depois de alteração no projeto

por Heloiza Amaral publicado 06/08/2018 11h05, última modificação 06/08/2018 15h44

Em depoimento à Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga as obras públicas paradas em Goiânia, o secretário municipal de Infraestrutura, Dolzonan da Cunha Matos, explicou que a demolição de parte da Casa de Vidro ocorreu devido à alteração no projeto original. Segundo o secretário, o novo projeto ficará cerca de 40% mais barato e cumprirá com as determinações do Plano Diretor da capital. “O projeto inicial era inviável, os vidros eram muito caros e o ambiente ficaria muito quente. Seriam gastos nele R$ 9 milhões. Com as alterações, o valor total será menor que R$ 5 milhões”, afirma.

De acordo com Dolzonan, apenas alguns pilares e lages foram demolidos, o que significa prejuízo de R$ 100 mil. Os outros R$ 415 mil gastos na obra serão reaproveitados. Por enquanto, apenas recursos da Prefeitura de Goiânia estão sendo investidos na Casa de Vidro, já que o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueou o repasse de verbas federais, mas o secretário garante que a maior parte das irregularidades apontadas foram sanadas.

O secretário também respondeu sobre as obras da Marginal Botafogo, destacando que foram investidos mais de R$ 6 milhões num levantamento das reais condições da via e do que precisa ser feito para evitar novos acidentes nos 17 pontos considerados críticos. A conclusão da obra, segundo ele, será no dia 4 de dezembro. “Precisamos atuar nas causas dos problemas da Marginal. Por enquanto, atuamos sobre os efeitos. É preciso construir bacias de contenção, para que pelo menos 40% das águas fiquem retidas”, explica.

Além da Marginal, o titular da Seinfra apontou a retomada das obras do BRT e a reforma dos CMEIs (troca de telhado) como prioridades da administração municipal. Já as obras de construção de três CMEIs na capital continuam paralisadas, devido à redução da verba destinada à secretaria (de R$ 54 para R$ 26 milhões). “Fizemos uma parceria com a secretaria da Educação, que conseguirá o material. A Seinfra vai disponibilizar somente mão de obra”, diz.

O relator da CEI, Delegado Eduardo Prado (PV), apresentou requerimento pedindo a presença do prefeito Iris Rezende (MDB) nas próximas reuniões da comissão. De acordo com o presidente da CEI, Alysson Lima (PRB), Iris deverá ser ouvido ainda no mês de agosto. “Aos poucos, a CEI consegue fazer seu trabalho e ficamos felizes de ver que algumas obras foram retomadas depois dessa discussão. É preciso, no entanto, que a população permaneça atenta, já que Goiânia tem 80 obras paradas, num valor de R$ 1 bilhão.” (Foto: Wictória Jhefany)