Secretário da Saúde presta contas do primeiro quadrimestre à Câmara
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, apresentou, na tarde desta quarta-feira, 1, na Câmara, um balanço de seu primeiro quadrimestre no comando da pasta em Goiânia. Na reunião, promovida pela Comissão de Saúde da Casa, Durval destacou a eficiência do município em ações no combate à pandemia de Covid-19. De acordo com ele, após implantação do Projeto Respirar, não houve mais dificuldade para conseguir internação na capital, um prazo que não ultrapassaria mais de 24 horas. O secretário afirmou que foram disponibilizados 70 ventiladores para unidades pré-hospitalares, para evitar a piora no quadro de saúde dos pacientes até que obtivessem vaga em hospitais. O município ainda construiu, segundo Durval, 12 novas unidades de atendimento e aplicou 407 mil doses de vacina (1a e 2a doses).
O excesso de esforços revertidos para o combate ao coronavírus, no entanto, teria prejudicado outras áreas da Saúde no período, como o diagnóstico de doenças preveníveis e a realização de cirurgias. Para o secretário, a população, temendo o contágio pelo coronavírus, teria deixado de comparecer às unidades de saúde para realização de exames de rotina. Também ficaram comprometidos os tratamentos de saúde bucal e as ações da secretaria no combate à dengue. “Começaremos amanhã (2 de setembro) a terceira fase de vacinação, com a dose de reforço para idosos que já tomaram duas doses do imunizante e que vivem em abrigos. Mas a secretaria se prepara para atender a demanda reprimida por atendimento e cirurgias”, declarou Durval.
O presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Mauro Rubem (PT), manifestou-se contra a licitação para contratar uma empresa que ficará responsável pela vacinação em Goiânia. Para ele, essa não é a solução adequada para resolver o problema da sobrecarga dos servidores. Mauro Rubem questionou, então, o secretário a respeito da realização de concurso público. Durval Pedroso disse que o processo já está em andamento, mas não descartou a contratação de empresa para vacinação de Covid-19, que deve custar R$ 46 milhões aos cofres municipais. A medida foi criticada também pelo vereador Santana Gomes (PRTB) e pela representante do Conselho Municipal de Saúde na reunião, Néia Vieira. Além de ser contra a licitação, Santana Gomes destacou que o valor de R$ 46 milhões é inaceitável. De acordo com ele, haveria outra empresa que faria o serviço por R$ 10 milhões. Mauro Rubem declarou que pretende questionar a licitação e o valor na Justiça.