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Secretário da Saúde presta contas do setor à Comissão de Saúde da Câmara

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 19/04/2023 12h30, última modificação 19/04/2023 14h44
Durval Pedroso apresentou números e projetos da Pasta para vereadores e servidores da área
Secretário da Saúde presta contas do setor à Comissão de Saúde da Câmara

Foto: Mariana Capeletti

Em audiência realizada nesta quarta-feira (19), no plenário da Câmara, o secretário de Saúde da Prefeitura de Goiânia, Durval Pedroso, prestou contas à Comissão de Saúde da Casa sobre o que a administração municipal realizou entre atividades, programas e metas no último quadrimestre de 2022 (setembro a dezembro). A audiência foi bastante concorrida, com as galerias e Plenário lotados por servidores da saúde, que acompanharam a fala do secretário. Ao final da audiência, Pedroso foi questionado por vários vereadores, especialmente entre os integrantes da Comissão.

A presidente da Comissão, vereadora Kátia Maria (PT), após a fala do secretário, fez um relato sobre a situação real do sistema de saúde da capital, no qual ela confrontou os dados expostos por Durval Pedroso. "Pelos dados apurados", disse a vereadora, "em 2022, Goiânia foi a capital que menos investiu em saúde do País. Investimento de 16,14% é o menor índice aplicado no setor. Sem contar que a Prefeitura aumentou a arrecadação municipal, mas isso não refletiu em investimentos na saúde, que caíram substancialmente. Portanto, é fundamental que esses números sejam alterados para que tenhamos uma saúde de qualidade e mais ampla".

Na sua fala, Kátia citou ainda as principais causas do aumento da mortalidade na capital goiana, entre os quais doenças do aparelho circulatório, tumores (cânceres, entre outras) doenças infecciosas (influenza, covid) e, ainda, acidentes de trânsito, violência doméstica. "Cerca de 916 mulheres compõem esse quadro assustador da mortalidade feminina. É preciso salientar que a Prefeitura não possui iniciativas de prevenção ao suicídio, atendimento mais amplo aos idosos, comunidade LGBT, jovens, crianças, acrescentando ainda a questão da saúde mental, agravada depois da pandemia da Covid".

A vereadora petista, antes de concluir sua exposição, ainda cobrou do secretário atenção redobrada a um programa que visa oferecer atendimento para quem precisa de tratamento dentário. "Apenas 31% desse contingente foi atendido. Isso porque faltam consultórios, mais profissionais. Diante disso, recomendamos uma renovação da estrutura da saúde no município, como forma de crescer e ampliar o pessoal de atendimento, para que tenhamos uma política de saúde de qualidade".

Fala do secretário

O secretário Durval Pedroso fez uma exposição do trabalho, projetos e metas que a Secretaria da Saúde vem realizando em Goiânia. Segundo ele, a política do setor tem direcionado suas ações para uma ampla política de vacinação ("como forma de alcançar toda a população"), aumentar a vigilância sanitária. combate sistemático às endemias (dengue), bem como vacinação de cães e gatos. "Para isso", garantiu, "fizemos reformas em diversos bairros da cidade, como Jardim Cerrado IV, Unidade da Saúde da Família (USF) da Ville France e Dom Fernando, Santo Hilário e Criméia Oeste.

O secretário citou o serviço de manutenção corretiva de unidades de saúde, das quais 94 foram atendidas, além de 212 reparos hidráulicos, 36 reparos de telhados. "A grande conquista desse trabalho é a qualificação da rede física." E acrescentou: "No ano passado, por exemplo, fizemos 7.500 consultas, 1.500 ultrasonografias, 270 eletrocardiogramas, detecção de 100 doenças de sangue. Nosso projeto, em 2023, é a construção e reforma dos locais de saúde, ampliar o SUS, como forma de oferecer saúde de qualidade para o goianiense".

Ao concluir, Durval Pedroso informou ainda a redução de nascimento de crianças, 'já que os casais querem ter menos filhos, de cinco ou seis o número cai para dois. Devido à pandemia da Covid cresceu igualmente o número de mortos, já que entre 2020 e 2021 as internações chegaram a 80 mil. Daí nosso programa de uma política ampla de vacinação, que alcance toda a população, e ainda mais vigilância sanitária, especialmente no combate às endemias".