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Secretário Municipal de Saúde presta contas do primeiro quadrimestre de 2022

por Guilherme Machado publicado 31/08/2022 08h50, última modificação 31/08/2022 16h50
Durval Pedroso recebeu críticas de usuários e servidores da saúde mental do município
Secretário Municipal de Saúde presta contas do primeiro quadrimestre de 2022

Foto: Marcelo do Vale

O secretário Municipal de Saúde, Durval Pedroso, foi recebido, nesta terça-feira (30), na Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara de Goiânia, para realizar prestação de contas do primeiro quadrimestre deste ano. A reunião foi comandada pelo presidente da comissão, vereador Mauro Rubem (PT), e acompanhada pelos vereadores Pastor Wilson (PMB), vice-presidente da comissão; Anderson Sales – Bokão (PRTB), integrante da comissão; Cabo Senna (Patriota); Clécio Alves (Republicanos); Juarez Lopes (PDT); Leo José (Republicanos) e Raphael da Saúde (DC). Além deles, vários representantes de setores da área da saúde municipal também estiveram presentes.

Durval apresentou que, no período, o município investiu 17,03% dos recursos próprios em saúde, índice acima dos 15% previstos pela lei federal. O secretário destacou incremento nos leitos de UTI, com abertura de 30 novos no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, além de descentralização nos atendimentos a pacientes diabéticos que recebem insumos, sendo, agora, realizados em nove unidades de saúde. Dessa forma, segundo o titular da pasta, essas pessoas passam a ser atendidas mais próximo de suas casas. Ele também enfatizou a conclusão da reforma de duas unidades de saúde na Região Noroeste e de uma no Conjunto Riviera. “Em breve, vamos ter um programa de reforma, readequação e construção de mais unidades, buscando o compromisso de oferecer ambientes adequados para pessoas trabalharem e para a população ser bem atendida”, garantiu.

Na sequência, o secretário falou sobre projeto de conversão do CIAMS Pedro Ludovico em Ambulatório Municipal de Especialidades (AME). De acordo com ele, no local serão realizados atendimentos em cardiologia, urologia, endocrinologia, dermatologia e neurologia, além de serviços próprios de endoscopia digestiva alta, colonoscopia, tomografia computadorizada, ultrassonografia, doppler e ecocardiograma. “O projeto já tem dotação orçamentária para execução inicial com recursos próprios da Secretaria. Em breve, o prefeito Rogério Cruz lançará essa obra”, anunciou.

Sobre Covid-19, Durval Pedroso comentou sobre testagem. “Goiânia é uma das poucas cidades do país que tem testagem ampliada, realizada todos os dias junto com testes disponíveis em todas as unidades de saúde do município. Nas modalidades tenda e drive-thru, foram realizados 269.567 testes de Covid-19.”

Dados apresentados indicam que a van da vacinação aplicou, nos primeiros quatro meses do ano, 51.602 doses de vacina contra Covid-19 e 25.381 doses do imunizante para Influenza. “A van fica estacionada em locais de fácil acesso, como terminais de ônibus, para aquela pessoa que esteja sem tempo, indo ou voltando do trabalho, possa tomar a vacina e vacinar seu filho, que pode estar a acompanhado”, explicou. No período, foram realizados 1.594 mapeamentos genéticos de infecções pela Covid-19, identificando variantes do vírus em circulação nas regiões da cidade.

Após a fala do secretário, Mauro Rubem apresentou relatório elaborado pela Comissão de Saúde, com base na visita a 104 unidades de saúde realizadas em julho. “As visitas tiveram como objetivo avaliar condições gerais de funcionamento das unidades de saúde, bem como ouvir profissionais de saúde e dos usuários dos serviços”, afirmou o parlamentar.

“Dentre as 104 unidades visitadas, em cerca de 66 foram encontradas condições físicas extremamente precárias e insalubres, incompatíveis com atividade de saúde: paredes rachadas, infiltradas e mofadas; consultórios sem ar-condicionado; salas sem ventilação nem iluminação; banheiros interditados; piso quebrados; portas sem fechaduras; quadro de funcionário insuficiente; dentre outras”, revelou o relatório.

Mauro também criticou a terceirização que, segundo ele, está sendo implementada no município, a exemplo de como ocorre na Saúde estadual. “Sou crítico da gestão das três unidades municipais pela FUNDAHC. Essa forma de gestão por organizações sociais só suga dinheiro da sociedade. Defendo que as 147 unidades da nossa rede de saúde devem continuar sob gestão direta da administração municipal.”

A psicóloga Heloísa Massanaro, membro da diretoria da Associação dos Usuários de Saúde Mental do Estado de Goiás, denunciou que duas gestoras de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) perderam seus cargos de chefia, após participar de audiência pública na Câmara, no dia 2 de agosto, em que expuseram más condições de suas unidades de saúde, como falta de pessoal, material para trabalho e de medicamentos. “Foi uma medida politiqueira, pois tiraram pessoas comprometidas e colocaram pessoas alheias, que não entendem nada sobre saúde mental”, criticou. Outros servidores acompanharam as críticas quanto à situação do CAPS.

Ao final, o secretário limitou-se a dizer que a prestação de contas foi feita, conforme objetivo da reunião, e não respondeu às manifestações nem ao relatório apresentado pelo presidente da comissão.