Servidores da saúde e da educação pedem ao Paço respeito aos seus direitos
Com as galerias lotadas, representantes dos servidores da educação e da saúde ocuparam a tribuna da Câmara, na sessão de hoje (11), para solicitar aos vereadores apoio às suas reivindicações salariais, melhores condições de trabalho, respeito aos direitos legais, bem como o cumprimento de promessas feitas por Iris Rezende durante a última campanha eleitoral para a prefeitura de Goiânia, em 2016.
A convite do vereador GCM Romário Policarpo (PTC), o representante do Sindsaúde, Max Nascimento, fez um extenso relatório da situação do atendimento, condições de trabalho dos servidores da saúde da Prefeitura. "A secretaria Fátima Mrué, pode ser preparada, mas não tem diálogo conosco, Vive culpando o servidor pelo caos da saúde atual", reclamou. Nascimento convidou os vereadores a visitarem os Cais da Capital. Segundo ele, a situação nesses locais "é desesperadora, pois não temos segurança nenhuma, já tendo sido registrado assaltos, roubos e estupros. No período noturno a situação é absurda nesse quesito".
"Precisamos de ajuda deste Poder, já que o Paço não nos respeita. A saúde está mal gerenciada. Um exemplo, o vale alimentação é de R$ 7,00, Isso é desrespeitoso", frisou. E lembrou que "a nova ameaça do Prefeito seria a terceirização da saúde. Diz que não tem dinheiro em caixa, mas quer terceirizar. Como pagar essas contas?", indagou. "No IMAS, a situação também é critica, já que o servidor paga o plano mas não é atendido", completou.
Vários vereadores manifestaram apoio às reivindicações do Sinsaúde, entre eles, Lucas Kitão (PSL), Paulo Magalhães (PSD), Romário Policarpo (PTC). "Estamos ao lado de vocês nessa luta", frisou Policarpo. Cristina Lopes (PSDB) garantiu que os servidores estão sendo desrespeitados diariamente. "Eles são heróis, pois trabalham em condições insalubres, inadequadas. Portanto, exigimos respeito a esses servidores".
EDUCAÇÃO
Numa deferência do plenário, os representantes do Simsed, Silas Santana e Patrícia Barros, ocuparam a tribuna da Casa para convidar os vereadores a participarem de uma audiência de conciliação entre a Prefeitura e a entidade, no Ministério Público, no próximo dia 17. "Queremos o apoio da Câmara nessa luta pelos nossos direitos, que estão sendo pisoteados pela atual administração municipal. Tanto é verdade que estamos de greve a mais de um mês. E o Paço não sinaliza nenhuma abertura com os professores", reclamou Patrícia.
Sob os gritos de "Prefeito a culpa é sua. Professor na Rua" e "Fora Marcelo Costa (secretário de educação)", Santana exibiu uma série de reivindicações que a categoria quer ser atendida pela Prefeitura. Entre elas: cumprimento da lei federal que fixa o piso salarial da categoria, pagamento da data-base, plano de carreira para valorizar o professor, aumento do valor do vale refeição, convocação imediata dos aprovados no concurso público e não abertura de contratos temporários, direito à insalubridade para trabalhadores administrativos.
E ainda maior segurança nas instituições escolares, com a Guarda Municipal fazendo esse patrulhamento nos finais de semana e melhoria imediata na qualidade da merenda escolar e dos produtos adquiridos para o preparo dos alimentos, com o fornecimento do lanche a todas as escolas, sem interrupções contínuas.
Patrícia enfatizou, ao final, o professor "está também sendo massacrado no que diz respeito ao seu salário. O prefeito concedeu um reajuste de R$ 7,00 para a categoria Isso é abuso, um escárnio".
Vários vereadores manifestaram apoio à luta dos professores, lembrando que "a greve é justa e é um direito constitucional. O professor não pode ser tratado como se fosse um bandido", citou Tatiana Lemos (PC do B). Paulo Magalhães (PSD), Priscilla Teijota (PSD), Cristina Lopes (PSDB), Elias Vaz (PSB), Jorge Kajuru (PRP), Lucas Kitão (PSL) conclamaram ao Prefeito abrir as negociações imediatamente com os professores.