Sintego afirma que encerramento de greve depende do pagamento de data-base e da fixação de piso salarial
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, esteve na Câmara, nesta quarta-feira (23), para cobrar do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) o imediato pagamento da data-base e a fixação do piso salarial dos professores de Goiânia. "Nossa greve só terminará após o cumprimento dessas medidas. Portanto, contamos com o apoio dos vereadores nessa luta. Precisamos agilizar as negociações e, com isso, acabar com a greve", afirmou.
Ao reclamar da falta de diálogo do Paço com a categoria, Bia de Lima rebateu a afirmação do prefeito de que teria autorizado aumento de 33,24% aos professores. "Acontece que apenas 12 professores foram beneficiados. Ou seja, mais de 9 mil ficaram de fora do reajuste. Isso é inconcebível", explicou. Ainda de acordo com ela, o argumento do prefeito de que faltariam recursos para bancar o aumento é improcedente. "Isso se resolve com a ajuda do Ministério da Saúde. Existe lei que garante esse repasse aos municípios", comentou.
A presidente do Sintego cobrou também da Prefeitura definição a respeito do pagamento de vale-transporte e auxílio-alimentação – pautas que, segundo ela, são discutidas há tempos, sem solução efetiva.
Diálogo
O líder do prefeito na Câmara, vereador Anselmo Pereira (MDB), afirmou que levará ao Paço uma proposta de diálogo com a categoria, como forma de agilizar negociações e encerrar a greve. "Devo lembrar que tramitam na Casa dois projetos do Paço sobre reajuste de auxílio-transporte e auxílio-alimentação", declarou.
A vereadora Aava Santiago (PSDB), por sua vez, informou que irá convocar, na próxima semana, o secretário municipal de Educação, Wellington Bessa, para comparecer à Câmara e esclarecer a questão relativa ao número de servidores que receberam abaixo e acima do piso salarial. "Queremos explicações claras e objetivas sobre essa questão", enfatizou.