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Situação precária do Centro de Referência de Diagnóstico Terapêutico compromete atendimento à população

por Guilherme Machado publicado 01/10/2019 17h48, última modificação 01/10/2019 17h48

Uma denúncia sobre as condições precárias do Centro de Referência de Diagnóstico Terapêutico de Goiânia (CRDT) levou a Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara Municipal de Goiânia a realizar uma visita na unidade de saúde. A vereadora Priscilla Tejota (PSD) e o vereador Paulo Magalhães (PSD), ela presidente e ele membro da comissão, identificaram uma série problemas no edifício que abriga o CRDT. 

“Encontramos a unidade de saúde, que custa aos cofres públicos R$ 33 mil por mês, em uma situação até de interdição por parte da vigilância sanitária, por conta da insalubridade com que os servidores estão trabalhando e pelas más condições de oferecer um tratamento adequado para o cidadão”, apontou a vereadora. 

Priscilla revelou que o Centro de Referência possui oito consultórios de atendimento e que maioria das salas estava funcionando de portas abertas, pois não havia ar-condicionado. “Janelas baixas, sem proteção; os profissionais atendendo de portas abertas por conta do calor. Algumas salas possuem ventiladores que foram trazidos pelos próprios servidores”, descreveu. 

A parlamentar relatou uma situação de sucateamento dos serviços públicos de saúde no município. “No Centro de Referência anterior havia mais de 300 funcionários. Esse conta com 96 servidores, sendo uma única biomédica, que está realizando apenas os testes rápidos. Ou seja, falta pessoal e falta alguns serviços que anteriormente eram prestados, como odontologia, oftalmologia, dentre outros exames que também foram retirados”, contou Priscilla. 

Segundo a vereadora, havia um servidor, técnico do laboratório e do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que, em desvio de função, estava atuando como recepcionista, além de ter que realizar as coletas e separar o material coletado. “Funcionários reclamam da falta de condições de trabalho, de espaço insuficiente para acomodar os equipamentos e realizar os atendimentos. Fui informada sobre a existência de uma casa aqui na mesma rua que havia sido alugada para funcionar como posto de vacinação e farmácia, no entanto, está desativada”. 

O vereador Paulo Magalhaes falou das condições inadequadas do CRDT oferecidas tanto aos servidores quanto aos pacientes. “O elevador serve somente para enfeite, não está funcionando. A rampa de acessibilidade para os cadeirantes é bastante estreita. De forma que alugaram uma casa que não está tendo muita serventia”. O vereador pontuou que, ao contrário do que diz a secretária de Saúde nas prestações de contas da pasta, “a realidade está bem diferente”. “Gostaria de fazer um convite à Fátima Mrué para que venha visitar e ver o que está acontecendo nessa unidade de saúde”, afirmou. 

O paciente Marciel Silva Souza faz tratamento de diabetes e contou que há meses têm ido até a farmácia do CRDT e constatado falta material. “Tem uns três meses que venho aqui, Às vezes falta seringa, outras vezes falta fita para medir a taxa de glicose”, denunciou. 

Priscilla anunciou que a Comissão de Saúde vai protocolar uma representação no Ministério Público de Goiás (MP-GO), a fim de cobrar esclarecimentos por parte da Secretaria de Saúde do Município sobre as irregularidades encontradas no CRDT, e encaminhar um requerimento à Prefeitura de Goiânia solicitando informações sobre a casa alugada há mais de um ano, segundo relato de funcionários, e que não está em funcionamento, prejudicando ainda mais o serviço de saúde da capital.

Texto e foto da assessoria de comunicação da vereadora Priscilla Tejota