Tatiana Lemos quer que empresas de ônibus coletivo recebam por quilômetro rodado
Tatiana Lemos (PCdoB) pede que as empresas de ônibus coletivos de Goiânia deixem de ser remuneradas por passageiro transportado e passem a receber por quilômetro rodado em um projeto de lei apresentado hoje, 4, na Câmara Municipal.
“Como o que remunera as empresas é a quantidade de passageiros transportados, e sabendo que a fiscalização da RMTC pode apresentar falhas, também é possível assumir hipoteticamente que as empresas podem retirar alguns veículos de circulação para reduzir seus custos e aumentar seus lucros, pois a quantidade de passageiros seria supostamente invariável”, justificou a vereadora.
Para ela, essa é a melhor maneira de manter a rede de ônibus funcionando, já que o custo é definido por quilômetro rodado. “A quantidade de passageiros transportados não interfere no custo do sistema, pois a variação do custo de um ônibus lotado é pequena em comparação ao de outro rodando vazio. Além disso, os ônibus rodam com ociosidade em cerca de 80% das horas operacionais.”
A vereadora vê como antiquada a maneira em como o usuário é cobrado para andar de ônibus. “Forçar as pessoas a pagar uma passagem toda vez que entram num ônibus as onera de forma que, quanto mais vezes necessitar do transporte coletivo, mais o custo se aproxima ao de outros modais, como moto e carro. Assim, fica inevitável que elas substituam o ônibus por veículos individuais por causa da rapidez e conforto no deslocamento.”
Para tornar o transporte coletivo mais atrativo, Tatiana Lemos acredita que mudar a forma de remuneração irá dar melhores condições de criar tarifas temporais, que permitem ao usuário trocar de ônibus sem precisar de pagar outra passagem, e bilhetes diários, semanais e mensais.