Tatiana Lemos realiza 6° edição do Prêmio Mulher Combativa
A 6° edição do Prêmio Mulher Combativa foi realizada na tarde desta terça, 12, na Câmara Municipal de Goiânia e homenageou mais de 400 mulheres. O prêmio é um momento para homenagear mulheres goianas que se destacam por sua luta social, profissional e história de vida que contribui para causas e instituições.
Compondo a mesa estavam presentes a vereadora Tatiana Lemos, propositora da homenagem, a deputada estadual Isaura Lemos e o vereador por Aparecida de Goiânia, William Panda, todos filiados ao PCdoB. Estava também a delegada da mulher de Trindade, Renata Vieira; a advogada e representante da OAB Goiás, Deuzira Menezes; a secretária municipal de políticas públicas para as mulheres, Ana Carolina de Souza Almeida; a desembargadora Elza Cândido da Silveira; a defensora pública do estado Fernanda da Silva e Ana Rita Marcelo de Castro, presidente do Conselho Estadual da Mulher. Além também da presidente da Federação Estadual da Mulher, Jucilene Barros e Marilza Suanno, ex-diretora do curso de farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Tatiana Lemos disse que o “Prêmio Mulher Combativa” é “um chamado à luta para que todas nós sejamos líderes. É uma denúncia de que ainda existe tanta desigualdade e tanta violência. E também para mostrar a todos que estamos unidas”. “Lutamos por todas as mulheres, para as que foram silenciadas pelo medo, pela opressão, pela morte. Por aquelas que têm seu trabalho invisível aos olhares do patrão, do marido, e do filho”, enfatizou.
A deputada estadual Isaura Lemos destacou durante sua fala o reconhecimento do papel da mulher no dia a dia, de “serem reconhecidas nas lutas diárias, nas categorias, nas lutas muitas vezes sem ser reconhecidas como mães, irmãs, filhas, companheiras e vizinhas de outras mulheres”. “Isso só nós mulheres sabemos o que significa”, disse ela.
O vereador por Aparecida de Goiânia William Panda trouxe um dado alarmante sobre o índice de violência contra a mulher em Goiás. “Nosso estado é o segundo maior no número de crimes e violência contra a mulher.” O parlamentar também fez críticas ao atual governo no que diz respeito a pautas que são discutidas como a legalização da posse de armas “Cerca de 52% dos crimes contra a mulher acontecem dentro da própria residência. Legalizar a posse de armas aumentará esses casos”.
Duas professoras homenageadas falaram em nome de todas as mulheres homenageadas da tarde. Tainá Torres Ales, professora e psicóloga, ressaltou “a atuação na defesa dos nossos direitos é uma esperança em meio às adversidades”. Tainá lembrou ainda a importância da educação. “É preciso utilizar a educação para conhecer e transformar. Para ampliar e emancipar as mulheres. Não podemos nos conformar com nada inferior ao que merecemos”, completa. Já a professora Marilza Soares parabenizou o evento por se tratar de um momento relevante e singular. “Esse evento reconhece anualmente um conjunto de mulheres, suas lutas e militâncias em prol da construção de uma sociedade mais humana, democrática, igualitária, solidária e emancipadora”.
Membros da mesa destacaram a força da união das mulheres e sua importância. “Cada mulher dessas fortalece uma mulher. Que ajudemos umas às outras e que possamos ter sensibilidade para olhar a dor da outra” disse a delegada Renata Vieira. A desembargadora Elza Cândido enfatizou o ensino da cultura do respeito às mulheres desde cedo. “Precisamos ensinar nossas crianças a palavra respeito para que tenham em casa e na escola”.
A secretária municipal de políticas públicas afirmou que “mulher é sinônimo de força e determinação e que são pessoas multidisciplinares”. Ana Carolina de Souza Almeida citou ainda programas e projetos municipais voltados para a assistência e capacitação profissional da mulher. Deuzira Menezes representante da OAB Goiás, defendeu a força da mulher. “Mulheres têm coragem e vão à luta pela igualdade de nossos direitos e contra a violência”. A representante do Conselho Estadual da Mulher ressaltou que a mulher é capaz de estar em qualquer esfera política e social. “A mulher pode ocupar qualquer espaço na vida política, econômica e social. Nossas antecedentes lutaram para que pudéssemos exercer direitos básicos, como voto e acesso ao mercado de trabalho”, disse Ana Rita Marcelo de Castro.
Texto produzido pela estagiária Ingrid Raquel