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Trabalhadores da Educação municipal debatem reivindicações salariais em audiência pública promovida por Mauro Rubem

por Guilherme Machado publicado 10/03/2022 18h00, última modificação 11/03/2022 13h35

Os trabalhadores da Educação municipal participaram de uma audiência pública promovida pelo vereador Mauro Rubem (PT) na tarde desta quinta-feira (10) para discutir as reivindicações de melhoria dos salários. 

A categoria tem indicativo de greve para início a partir da próxima terça (15). Entre as exigências está a correção monetária dos salários com um reajuste de 33,24%, seguindo o piso nacional dos professores. Os trabalhadores rejeitaram a proposta da Prefeitura de reajuste relativa à data-base dos anos 2020 e 2021 em 9,3% para os professores e administrativos. 

A Prefeitura alega que não há espaço no orçamento para o reajuste exigido, mas a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, disse durante a audiência que é possível pagá-lo. “Atualmente, cerca de 47% do orçamento municipal está comprometido com o pagamento do funcionalismo. Ainda há espaço porque, em outras gestões, o percentual chegou até 54%, sendo que o limite prudencial é de 60%.”

Outra reivindicação é a elaboração de um plano de carreira dos trabalhadores administrativos da Secretaria Municipal de Educação. Entre os problemas que precisam ser corrigidos, segundo Daniel Mendes, que é servidor administrativo, está a incorporação ao salário da gratificação de 30% dos auxiliares de atividades educativas, que lidam com os alunos junto com os professores. “Precisamos garantir a valorização de quem trabalha diretamente com as crianças. Hoje, um professor não faz atividades sem o auxiliar porque são muitas crianças em salas superlotadas”, afirmou. 

Daniel questiona também o quantitativo de vagas para professores e administrativos ofertadas no concurso público aberto pela Prefeitura. “Ele não atende a necessidade da educação de Goiânia. Hoje, as pessoas ocupando cargos efetivos são minoria e o déficit desses profissionais é gigantesco. Só no último processo seletivo para contratos temporários foram convocados mais de 2 mil professores e administrativos”, explicou. 

Também participaram da audiência representantes do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação (Simsed), Conselho Municipal de Educação e Conselho de Diretores de Escolas Municipais, CMEIS e CEIS de Goiânia (Condir). O secretário municipal de educação Wellington Bessa foi convidado, mas não compareceu, nem enviou representante à audiência.