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TRABALHADORES DE ENFERMAGEM REIVINDICAM REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA EM AUDIÊNCIA

por lucas-ff — publicado 03/05/2016 18h15, última modificação 09/05/2016 08h05
A presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), Ivete Santos Barreto, disse que existem em Goiás 48 mil profissionais de enfermagem e, em todo o Brasil, existem 1,8 milhões.

Divino Rodrigues (PROS) recebeu nesta tarde os trabalhadores da área da enfermagem - enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem - para discutir a redução da carga horária semanal de 44 horas para 30 horas. O vereador, que disse já ter sido diretor de um Cais de Goiânia, se mostrou favorável à causa defendida pelos muitos profissionais e estudantes que encheram o auditório Jaime Câmara. “Os enfermeiros são a parte mais necessária num hospital porque são eles que acompanham os pacientes todo o tempo, desde a hora que eles dão entrada até a saída. Eu sei o quanto é importante esse profissional ser valorizado”, disse.

Eliane Cândida Castilho, diretora de assuntos jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO) e coordenadora geral do Fórum Goiano 30 Horas Já, disse que a luta pela redução de carga horária é antiga. O projeto de lei federal nº 2295/2000 tramita a 15 anos na Câmara e até hoje não há um consenso entre os deputados sobre a matéria.

A presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), Ivete Santos Barreto, disse que existem em Goiás 48 mil profissionais de enfermagem e, em todo o Brasil, existem 1,8 milhões. Ela elencou três motivos principais que justificam a adoção das 30 horas semanais. Segundo a presidente do Coren-GO, a menor carga horária garante segurança ao paciente, pois ele poderá ter um atendimento de enfermagem de qualidade. “Um profissional que está exaurido após uma jornada de trabalho exaustiva não dá conta de dar uma assistência com qualidade”, disse ela. Ivete disse também que garante maior segurança para os profissionais “Nós que cuidamos da vida precisamos ser cuidados, por isso merecemos o repouso digno, para que possamos enfrentar uma nova jornada de trabalho no dia seguinte descansados física e mentalmente”. Ela citou que 85% dos profissionais são mulheres e que elas também precisam cuidar de suas famílias. O terceiro e último motivo seria o benefício social com a redução, que abriria novos postos de trabalho, gerando mais emprego para a população.

Convidado para falar em nome dos hospitais, o assessor jurídico da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), Valdomiro Alves da Costa, disse que a luta pelas 30 horas “é prejudicial para o setor da saúde” porque os donos de hospitais não têm condições de aumentar suas folhas de pagamentos sem que haja alguma contrapartida para os empresários. Ele defendeu que o governo deve garantir um aporte financeiro aos hospitais para suprir esse aumento e a redução da carga tributária sobre serviços e medicamentos vendidos às unidades de saúde para reduzir os custos de operação.

(Guilherme Machado)