Vereadora Kátia representa Câmara de Goiânia na COP 28, em Dubai
A vereadora Kátia (PT) está em Dubai, onde representa a Câmara de Goiânia na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28). Kátia chegou aos Emirados Árabes Unidos para abertura da conferência, na semana passada. Além de participar das discussões da conferência, também acompanhou o presidente Lula e seus ministros em agendas oficiais da comitiva brasileira.
“Tenho participado de importantes discussões e acompanhei o presidente Lula nos dois dias em que ele esteve aqui”, conta a vereadora. “O Brasil chegou aqui com muita força e credibilidade. Além das agendas oficiais, o presidente Lula fez muitas reuniões paralelas, com chefes de Estado, dialogando e se colocando como uma das lideranças mundiais na busca pela paz e pela preservação ambiental”, completa.
A COP 28 vai até o próximo dia 12 e reúne 197 países e mais de 200 líderes internacionais. A conferência representa um encontro formal para discutir, negociar e acordar estratégias de enfrentamento às alterações climáticas, de redução nas emissões de gases poluentes e de limitação do aumento das temperaturas. O Brasil participou de todas as edições da COP, desde a primeira, em 1992. Em Dubai, o país busca apresentar mudança em sua política ambiental, depois de forte crescimento no desmatamento ao longo da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Kátia, algo já bastante claro, na 28ª Conferência do Clima, é que “o planeta está farto de metas ambientais não cumpridas. Não dá mais para reunir e estabelecer metas que depois não são cumpridas”. A parlamentar goiana ressalta ainda que “o Acordo de Paris, infelizmente, fracassou. Já estamos chegando em 2030 e as metas estabelecidas naquele encontro não serão alcançadas”.
No entanto, a vereadora enxerga avanços. Para ela, um dos grandes pontos positivos, até agora, foi a efetivação do Fundo de Perdas e Danos para recuperação de estragos causados pela crise climática. A criação do mecanismo se deu, após anos de discussão, na última COP, realizada no ano passado, no Egito. O fundo já recebeu doações voluntárias de países como Japão, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Alemanha, que somam US$ 420 milhões. A administração dos recursos, hospedados no Banco Mundial, caberá a um conselho formado por 26 membros – 12 países desenvolvidos e 14 países pobres ou emergentes.
“Esse foi um grande avanço nas discussões aqui em Dubai. Apenas 20 países são responsáveis por 80% da emissão de gases poluentes. Esse fundo será mantido pelos países desenvolvidos para ajudar e financiar países em desenvolvimento a se adaptarem, para minimizarmos crises climáticas que estamos vivenciando”, explica Kátia.
Cerrado e Saúde
Autora de projetos ambientais na Câmara de Goiânia, como a Expedição do Meia Ponte e a proposta que assegura o direito de vida do rio, Kátia também destaca outros pontos importantes nas discussões que acontecem na COP 28. Entre eles, a inserção do Cerrado no debate ambiental mundial. “Até então, quando se tratava de Brasil, só se falava na Amazônia”, lembra. “Um dos motivos de eu estar aqui é porque tenho feito esse debate junto ao governo federal para que possamos enxergar que o Cerrado, como berço das águas no país, tem papel fundamental e influência na recuperação da Amazônia também. Essa seca que a Amazônia enfrentou recentemente, com rios secando, tem relação estreita com o Cerrado. Essa questão foi colocada com muita autoridade pelo presidente Lula”, afirma.
Outro ponto diz respeito à relação entre meio ambiente e saúde. “É a primeira vez, nas 28 COPs já realizadas, que a temática de saúde faz parte da programação oficial da conferência”, destaca Kátia. Presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a vereadora participou, a convite da ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, de discussão sobre relações entre meio ambiente e doenças respiratórias e pandemias que o mundo enfrentou recentemente. “Essa é uma importante discussão e temos de entender que crises climáticas precisam ser inseridas nas medidas sanitárias. Afinal, doenças respiratórias, infecciosas e outras têm relação direta com questões climáticas”.
A parlamentar participa ainda, nesta semana, de outras discussões em evidência na COP 28. Entre elas, o processo de transição energética, com estímulo ao uso de energias limpas e renováveis, além da redução no uso de combustíveis fósseis. “Esse foi um acordo muito importante já firmado aqui. 118 países, incluindo o Brasil, assinaram compromisso de triplicar a produção de energia limpa até 2030. A ideia é acelerar o uso da energia limpa para ir tirando o pé do acelerador dos combustíveis fósseis”, conclui Kátia.
*Com informações da assessoria de comunicação da vereadora