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Vereadores cobram respostas de secretária de Saúde

por joana — publicado 16/02/2017 17h55, última modificação 17/02/2017 16h01
Reunião promovida pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia levanta diversas questões, especialmente a da falta de insulina para diabéticos.
Vereadores cobram respostas de secretária de Saúde

Foto: Francisco Carvalho

Sob a presidência de Paulo Daher ( DEM), a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia promoveu na tarde de hoje, dia 16, reunião em que a Secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué, que prestou esclarecimentos sobre diversos questionamentos feitos tanto pelos vereadores presentes quanto por segmentos organizados da sociedade civil.

Participações

Além de Paulo Daher, estavam presentes todos os demais membros da Comissão: Priscilla Tejota (PSD), Paulo Magalhães (PSD), Oséias Varão (PSB), Gustavo Cruvinel (PV) e Jair Diamantino (PSDC). Também presentes os vereadores Cristina Lopes (PSDB), Delegado Eduardo do Prado (PV), Jorge Kajuru (PRP), Vinícius Cirqueira (Pros), Carlin Café (PPS), Cabo Senna (PRP), Sabrina Garcêz (PMB), Juarez Lopes (PRTB), Anselmo Pereira (PSDB), Zander Fábio (PEN), Lucas Kitão (PSL) e Welington Peixoto (PMDB); Irmã Joana Mendes (presidente do Conselho Municipal de Saúde e representantes da Sociedade São Vicente de Paulo e Associação Metropolitana de Atenção aos Diabéticos.

Pauta

Embora diversos temas tenham sido colocados em pauta – como cortes do programa de atendimento aos pacientes renais crônicos, o não funcionamento de CAIS e postos de saúde, falta de várias especialidades médicas em postos de saúde e déficit de outros profissionais da área de saúde -a questão da falta de bombas de insulina e a da própria insulina predominou o debate.

De acordo com Jorge Kajuru ( que é portador de diabetes), desde o mês de setembro, os pacientes estão sem receber os medicamentos necessários para as suas sobrevivências. Informou que 186 (centro e oitenta e seis) pacientes estão aguardando as bombas de insulina ( que custam cerca 15 mil reais) e mais de 1.000( um mil) aguardando o fornecimento de insulina. Kajuru também cobrou explicações sobre contrato de mais de “quatro milhões de reais firmado com uma empresária que presta serviço de pós-internação”.

Vinícius Cirqueira disse que a dívida da gestão passada da Secretaria Municipal de Saúde é de mais de dois milhões de reais só com a empresa Hospfar (que venceu a licitação para o fornecimento de insulina para a Secretaria Municipal de Saúde). Já Priscilla Tejota sugeriu que a secretária acione o departamento jurídico da SMS, caso a empresa não esteja cumprindo o contrato de fornecimento dos medicamentos, acrescentando esperar maior transparência no sistema de regulação. Paulo Magalhães sugeriu a criação de uma comissão para promover reunião entre os fornecedores e o secretário Municipal de Finanças, enquanto Cristina Lopes levantou os problemas que estão sendo enfrentados pelos doentes renais crônicos.

Respostas

Fátima Mrué não soube precisar o valor da dívida com a Hospfar e outros fornecedores. Entretanto, afirmou que foi feito um “acordo não documentado” para que a empresa voltasse a entregar os medicamentos, embora isto não tenha acontecido. “Estamos aguardando a resposta de outra empresa que possa fornecer estes medicamentos”, salientou, sugerindo que os vereadores procurassem a Hospfar em busca de respostas. “Falta dinheiro e sobram dívidas”, ressaltou a secretária de Saúde. Ela ainda informou quer está elaborando um Plano de Gestão com amplas mudanças para sua pasta e que, em breve, será enviado à apreciação dos vereadores.

Comissão

Finalizando a reunião, Paulo Daher afirmou que irá apresentar requerimento pedindo cópias de todos os contratos firmados entre a SMS e empresas, assim como buscar maiores informações sobre os pagamentos de aluguel e dos prestadores de serviços. “Desde que assumi a presidência da Comissão de Saúde estamos, junto com os demais membros, em busca de respostas e soluções para os problemas enfrentados pela população”, afirmou.