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Vereadores condenam aumento das tarifas do transporte coletivo da capital

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 19/03/2019 12h20, última modificação 19/03/2019 16h01

O anúncio sobre o reajuste da tarifa do transporte coletivo da capital foi o principal assunto debatido pelos vereadores na sessão de hoje (19) da Câmara. O Paço anunciou um aumento entre 7.20% a 7.5%, a partir do próximo dia 25, com a tarifa fixada em R$ 4,30. Foi o suficiente para que diversos vereadores ocupassem a tribuna para criticar a postura da Prefeitura.

Alguns, inclusive da base de apoio do prefeito Iris Rezende, MDB, querem que o Legislativo assuma uma postura crítica e contrária ao reajuste. "Não podemos aceitar isso. A população não pode ser mais sacrificada", observou Clécio Alves, do MDB.

O plenário aprovou igualmente o requerimento do vereador Felizberto Tavares, PR, para a realização de uma audiência pública na Casa para debater o assunto, bem como, em primeira votação, o projeto de lei (192/2018), da vereadora Tatiana Lemos (PC do B) que veda aumento de tarifa sem melhorias correspondentes no transporte público.

CRÍTICAS

"O transporte coletivo de Goiânia é de péssima qualidade, com falta de ônibus, atrasos e outros absurdos. O que se observa é apenas a ganância dos donos das empresas em ganhar mais dinheiro. Essas empresas são uma caixa-preta, pois ninguém tem acesso às planilhas de custos. Se o projeto for aprovado esta semana teremos condições de inviabilizar esse aumento", afirmou Tatiana.

Clécio Alves lembrou que "o usuário não suporta mais esse transporte de horroroso, desqualificado. As empresas só pensam em lucrar mais e mais". O vereador teceu pesadas críticas ao presidente da Companhia Municipal de Trânsito Público (CMTC), Fernando Meireles, a quem chamou "de um desastre, um enrolador, um lixo reciclável. Ele deveria promover novas licitações para que novas empresas participem do processo, o que melhoria o transporte público. O que temos hoje é uma verdadeira máfia do transporte coletivo".

O presidente da Câmara, GCM Romário Policarpo, Pros, disse que "esta Casa vai tomar uma posição sobre o assunto. Concordo que novas licitações vão baratear o preço das passagens". Lucas Kitão, PSL, disse que "esse aumento anunciado é uma agressão, um abuso, uma irresponsabilidade administrativa".

Denício Trindade, SD, cobrou da Casa uma posição sobre o assunto: "Não podemos nos omitir diante de um fato tão grave". Também falaram sobre o assunto os vereadores Milton Mercêz, PRP, Anselmo Pereira, PSDB, Zander Fábio, Patriota e Cabo Senna, PRP.