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Vereadores debatem ação do MP sobre anulação das atividades dos pit-dogs

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 11/03/2020 12h04, última modificação 11/03/2020 12h04

A proposta do Ministério Público para anular as atividades de pit-dogs, lanches, bancas de revistas e chaveiros em Goiânia repercutiu intensamente na sessão de hoje (11) da Câmara. O vereador Gustavo Cruvinel, PV, ocupou a tribuna para falar sobre o assunto, expondo, de maneira objetiva, as consequências para as milhares de famílias que sobrevivem nessa atividade comercial. Ele sugeriu a apresentação de um projeto de lei, pela prefeitura, pelo qual seria exigida licitação pública para novos pit-dogs, mas seriam preservados as licenças dos atuais.

O vereador teve uma reunião hoje, na Fecomércio, com o presidente do SindiPit-dog, Ademildo Godoy, para falar sobre o assunto, convidando-o para uma tribuna livre amanhã (12) na Câmara para debater a proposta do MP. Gustavo Cruvinel que existem hoje em Goiânia cerca de 1.600 unidades de vendas de sanduíches. "Somados aos chaveiros e bancas de revistas, por exemplo, são mais de 10 mil empregos gerados na capital".

O vereador enumera ainda outras questões envolvendo os donos de pit-dogs: "O fechamento puro e simples suspenderia um meio de trabalho, de gerar renda para manutenção de inúmeras famílias. Sem contar a cadeia produtiva que envolve os pit-dogs, como compra de hortaliças (alface, tomate, além de carnes), comércio de matérias-primas e fabricação de maquinário. O segmento contrata muita gente. Elas seriam afetadas pela decisão proposta pelo Ministério Público", enfatizou.

E concluiu: "O pit-dog faz parte da cultura do goianiense, pois são uma opção acessível de lazer barato, ponto de encontro das pessoas".

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Por sua vez, Denício Trindade, do Solidariedade, apresentou hoje (11) requerimento propondo a realização de uma audiência pública na Câmara para debater a proposta do Ministério Público. Segundo ele, o Legislativo tem que discutir essa questão porque ela "envolve milhares de pequenos proprietários e trabalhadores. O MP quer um novo processo licitatório. Mas é precisa maior discussão e cautela para não prejudicar esse importante segmento produtivo da capital. Essa audiência, portanto, vai debater as consequências, bem como propor alternativas em favor da organização desses estabelecimentos".