Você está aqui: Página Inicial / Sala de Imprensa / Notícias / Vereadores defendem abertura de negociação entre Paço e professores

Vereadores defendem abertura de negociação entre Paço e professores

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 04/05/2017 12h39, última modificação 04/05/2017 12h39

Numa iniciativa do vereador Jorge Kajuru (PRP), foi realizada na sessão de hoje (4) da Câmara uma audiência pública com professores da rede municipal de ensino, que estão em greve. Dezenas de professores ocuparam as galerias da Casa, protestando contra a atual política do Paço para o segmento, bem como condenaram a ação da Guarda Civil Metropolitana na desocupação da Secretaria da Educação.

A maioria dos vereadores apoia a principal reivindicação da categoria, ou seja, que o Prefeito Iris Rezende e o Secretário de Educação, Marcelo Costa, abrem negociação com os professores. Ficou acertado que um documento assinado pelos vereadores será enviado ao Paço com as reivindicações dos professores.

"Não aceitamos que eles conversem com um sindicato pelego, que é o Sintego, que há dez anos não nos representa em sua totalidade. Quem nos representa é o Sindicato dos Servidores da Educação (Simsed)", lembrou a professora Samira Cristi, na exposição que fez da tribuna da Câmara.

Para falar sobre os últimos acontecimentos envolvendo a categoria, as professoras Dalva Fátima Ferreira e Samira relataram o que, segundo elas, "foi um horror. Fomos agredidos, massacrados, oprimidos, ameaçados, sem contar os xingamentos, ofensas e bombas de efeito moral. Cinco professores feridos com balas de borracha. Não somos vândalos nem invasores mas trabalhadores da educação". 

Samira, por sinal, chorou bastante durante sua fala da tribuna. "Há vários dias que não consigo dormir. Da minha cabeça ainda está viva aquela barbaridade, aquela violência sem sentido. O direito de greve está garantido na Constituição. Não é um ato ilegal. As ordens para aquela repressão partiu do senhor Prefeito e do secretário Marcelo Costa. Isso precisa ser dito".

Ao final da fala, Samira falou ainda que "até hoje nenhuma das 32 promessas de campanha do candidato Iris foi cumprida. Nada investido em infraestrutura, merenda escolar é um escândalo, insegurança nas escolas e ainda nada sobre nossa reposição salarial. Ele concedeu apenas R$ 7,00 como reajuste. Isso é uma imoralidade", frisou.

APOIOS

Vários vereadores condenaram a repressão aos professores, bem como exigiram abertura de negociação entre o Paço e a categoria. "A negociação terá de ser feita pelo sindicato pelos trabalhadores na educação. Ou seja, o Simsed", lembraram Elias Vaz, Tatiana Lemos, Jorge Kajuru  e Cristina Lopes.  Zander Fábio (PEN) disse o Prefeito tem que enviar à Câmara o projeto sobre a data-base dos professores, por se tratar "de um direito inalienável da categoria". 

Anderson Salles (PSDC), Sabrina Garcês (PMB), Paulo Magalhães (PSD), Priscilla Tejota (PSD), entre outros, também manifestaram apoio aos professores.