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Vereadores discordam da AL regularizar igrejas que ocupam áreas públicas

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 25/04/2018 12h24, última modificação 25/04/2018 12h24

A decisão da Assembleia Legislativa de legalizar, no município, a ocupação de igrejas em terrenos destinados a áreas verdes repercutiu na sessão de hoje (25) Câmara. Vários vereadores comentaram a aprovação, pelos deputados, de proposta que irá permitir a legalização de igrejas, escolas, creches ou postos de saúde em áreas públicas.

Da tribuna, o vereador Gustavo Cruvinel, PV, que é presidente da Comissão do Meio Ambiente da Casa, manifestou sua preocupação com a decisão da Assembleia. "Não tenho nenhuma restrição ao trabalho das igrejas em Goiânia. Todas merecem nosso respeito porque tem um papel social importante na ajuda aos mais necessitados", argumentou.

"Porém", salientou, "a legislação municipal não abre brecha para esse tipo de benefício. Nossa preocupação básica é pela preservação das áreas verdes da cidade. Ou seja, uma postura pelo meio ambiente.Então, são desapropriações péssimas para o meio ambiente".

O vereador do PV cita ainda "a mais cruel das agressões sofridas pelo Rio Meia Ponte, seus afluentes e nascentes, resultando daí uma grave crise hídrica. Goiânia já foi considerada como uma cidade ecologicamente correta e tida como uma das mais verdes do País. Diante disso, é preciso garantir desenvolvimento das atividades econômicas e sociais em harmonia com os recursos naturais".

E completou:"As áreas verdes estão entre as áreas públicas e elas existem para garantir mais ar puro e a oportunidade de uma vida mais saudável para os moradores dessa cidade".

AMEAÇAS

Já o tucano Anselmo Pereira foi contundente em suas observações. "Trata-se uma ameaça velada, de uma interferência imprópria e inadequada do Estado no município goianiense.Existem leis municipais, portanto, que regulam o uso e a ocupação do solo em Goiânia. É uma forma jurídica indireta de intervir na capital, bem como afrontar o Poder Legislativo municipal e suas prerrogativas".

Paulo Magalhães, PSD, também criticou a decisão dos deputados. O vereador afirma que "esta Casa não pode se omitir diante desse fato. Acontece que a Assembleia quer apenas tirar nossa autonomia, num assunto que diz respeito aos vereadores".