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Vereadores divididos sobre fim da concessão da Saneago em Goiânia

por Antônio Ribeiro dos Santos publicado 27/10/2017 09h50, última modificação 27/10/2017 10h44

Um dos assuntos que ultimamente tem centralizado os debates no plenário da Câmara é o fim da concessão da Prefeitura para a Saneago explorar os serviços de água e esgoto na capital. Alguns vereadores defendem a municipalização do serviço. Outros, porém, alegam que o momento não é o mais adequado em face das dificuldades financeiras da Prefeitura de Goiânia.

O vereador GCM Romário Policarpo, PTC, é um dos mais ferrenhos defensores do fim dessa concessão. Segundo ele, o Paço "está na obrigação de cassar essa concessão, municipalizando esse serviço. A população vive um caos, sem contar o sofrimento, com a falta de água na cidade. Creio que a Prefeitura teria amplas condições de assumir esse serviço".

Ele lembrou ainda que existe uma portaria do Ministério das Cidades que ampara o município no caso de rompimento do contrato. No caso, frisou Romário, o Paço não teria obrigação de pagar uma indenização de quase R$ 700 milhões com a quebra do contrato com o Estado. "O prefeito terá em mim um forte aliado a favor do fim dessa concessão", reafirmou.

MOMENTO

Por sua vez, Paulo Magalhães, PSD, defende o retomada do serviço pela Prefeitura. Entretanto, o vereador do PSD alega que a Prefeitura passa por grave crise financeira. "O governo municipal está sem dinheiro para atender outros serviços, tipo saúde e educação. É direito do município realizar a exploração dos serviços de água e esgoto, mas não no momento,. São mais de 5 mil municípios com pires na mão. Isso reclama uma reforma fiscal o mais rápido possível", citou.

Paulo Magalhães lembra que a Câmara, no ano passado, aprovou a prorrogação por 30 da concessão para a Saneago. Acontece, diz ele, que o ex-prefeito Paulo Garcia, não assinou o contrato de renovação com o Estado. "Ou seja, cabe ao prefeito Iris Rezende, PMDB, essa medida, acatar ou não a autorização dada pela Câmara".

Ele enfatiza igualmente a necessidade de se fazer reparos no contrato, entre os quais, permitir que a Prefeitura faça fiscalização dos serviços prestados à população, bem como dos reajustes das tarifas. "Sou daqueles que defendem uma parceria entre o Legislativo e o Executivo municipal na condução desse processo. A Câmara tem as condições para promover esse debate com a sociedade: o fim ou não da concessão para a Saneago em Goiânia", concluiu.