Vereadores manifestam apoio a várias categorias
Cinco diferentes categorias de trabalhadores fizeram uso da Tribuna Livre da Câmara na manhã de hoje, pedindo a intervenção dos vereadores para solucionar problemas e, obtiveram o apoio unânime dos parlamentares. Os médicos que atendem na rede pública de saúde do município denunciaram a “situação de extrema precariedade” dos serviços oferecidos. Falta o básico do básico, afirmaram os médicos Fernando Bernardes e Carlos Henrique Duarte, falando segundo eles, em nome de todos os funcionários do serviço público de saúde do município. A
Os médicos denunciaram o sucateamento dos espaços físicos dos Postos de Atendimento, e demonstraram preocupação com a situação" que piora a cada dia, com a falta de equipamentos, medicamentos, vacinas, leitos, falta de pessoal e superlotação das unidades de saúde em funcionamento. Perdemos vidas todos os dias por falta de vagas nas UTIs e isso é um desrespeito à população que tem o direito a atendimento garantido por lei.” O vereador Elias Vaz (PSB) lembrou que naquele momento, 54 pessoas aguardavam vagas de UTI.
O médico Carlos Henrique Duarte afirmou que o vereador Jorge Kajuru (PRP) que fez o convite para a vinda dos médicos à Casa, assim como outros vereadores, têm acompanhado de perto a situação da saúde em Goiânia e as condições de atendimento prestado pelo SUS, que segundo ele, está mais para “susto”.
DEMISSÃO
Os médicos manifestaram preocupação com o contexto, “principalmente agora, depois que 480 médicos tiveram seus contratos rescindidos pela Secretaria Municipal de Saúde, sem discussão e sem aviso. Em contrapartida foi “oferecida” a possibilidade de novos contratos com cláusulas “leoninas” em que o plantonista não terá tempo nem para ir ao banheiro, nem tomar água e não poderá ficar doente, porque caso falte a um plantão, terá 2% do seu salário descontado, entre outras medidas que tornam impossível a aceitação destes contratos”, afirmam os médicos.
O vereador Jorge Kajuru quer que o Prefeito Iris Rezende e a Secretaria de Saúde Fátima Mrué prestem esclarecimentos à Câmara sobre estes contratos e apresentou requerimento pedindo que a Prefeitura não deixe faltar medicamentos para os portadores de Diabetes, principalmente a bomba de insulina. Já o vereador Elias Vaz espera esclarecimentos sobre a falta de repasses de vale alimentação para os servidores saúde, que tiveram o benefício suspenso. Os requerimentos deverão ser votados na sessão de amanhã.
CRECHES CONVENIADAS
A Presidente da Associação dos Centros de Educação e Atendimentos Filantrópicos, Maristela de Castro Jardim, falando em nome das creches conveniadas, na Tribuna Livre, pediu o apoio dos vereadores para o recebimento dos repasses em atraso. Segundo ela, das 53 entidades, apenas 3 receberam os pagamentos dos meses de janeiro e fevereiro e 25 ainda não receberam os atrasados do ano passado. “Não temos como trabalhar, as crianças estão sem alimentação”, afirmou.
Maristela pediu ainda aos vereadores que mudem a lei que criou o Conselho Municipal de Educação, permitindo que este seja composto por representantes da sociedade civil . Segundo ela, o Conselho hoje, tem representatividade apenas governamental. “ Precisamos que ele passe a ser “paritário” com a participação da administração pública e também da sociedade”.