Vereadores querem ouvir Saneago sobre Plano de Racionamento de água para Goiânia
A possibilidade de a Saneago implantar um plano de racionamento de água em Goiânia levaram os vereadores Álvaro da Universo e Gustavo Cruvinel, ambos do PV, a manifestarem na sessão de hoje (13)a preocupação com o problema, bem como solicitar à empresa explicações sobre as medidas preventivas e corretivas que serão tomadas nos próximos dias.
Álvaro da Universo, por exemplo, apresentou um requerimento convidando o presidente da Agência de Regulação de Goiânia (ARG), Paulo César Pereira, presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, e presidente da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), Eurípedes Barsanulfo da Fonseca, para comparecerem à Câmara e prestar esclarecimentos sobre o plano de racionamento apresentado pela empresa concessionária.
O vereador justifica seu pedido lembrando que "existe uma redução da média de vazão na captação da Saneago, que estaria obrigando a empresa a tomar medidas severas para administrar os recursos hídricos do Meia Ponte, entre elas a redução de 50% das outorgas. O racionamento imporia medidas que pode prejudicar a produção e manutenção de empregos na região e penalização da população. Então, a vinda dessas autoridades à Câmara vai possibilitar um debate franco e aberto sobre o assunto".
ECONOMIZAR HOJE PARA NÃO FALTAR AMANHÃ
Por sua vez, o vereador Gustavo Cruvinel, em pronunciamento da tribuna da Câmara, manifestou sua preocupação com a atual vazão média do Meia Ponte. Segundo ele, "essa vazão está chegando à marca de 2.800 litros por segundo, o que compromete o seu aproveitamento, em volume e qualidade. É chamado nível crítico 2. E, conforme o que foi traçado pelo Comitê de Bacias Hidrográficas de Goiás, vai começar nos próximos dias a redução pela metade das outorgas existentes, alcançando empresas e outros empreendimentos que vão poder captar apenas metade do que vinham tirando do rio".
Cruvinel enfatiza, porém, que a prioridade é o abastecimento das residências em Goiânia. "A última coisa desejada é o corte no fornecimento, como ocorreu a dois anos atrás. O cidadão é prioritário e precisa receber água tratada para beber, preparar alimentos, lavar roupas e cuidar da limpeza do ambiente doméstico. Portanto, toda medida restritiva gera problema. A população tem que se preparar, ou seja, economizar água, não usando esse precioso líquido para lavar calçadas e carros, por exemplo. Um desperdício e uma afronta. Temos que economizar hoje para que a água não falte amanhã", concluiu.