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Zander se defende: "faltam provas e denúncia é vazia"

por Quezia de Alcântara publicado 29/08/2017 12h45, última modificação 29/08/2017 12h46

O vereador Zander Fábio (PEN) fez uso da tribuna nesta terça-feira, 29, para se defender do que chamou de “acusações vazias e sem provas” apresentadas pelo Ministério Público (MP) na operação denominada Multigrama.

Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO) após a conclusão da 1ª fase da Operação Multigrana, entre os envolvidos estão o vereador Zander Fábio, o ex-presidente da Agência de Turismo e Lazer (Agetul), Dario Paiva e o ex-diretor financeiro do Parque Mutirama, Geraldo Magela, que para o MP seriam responsáveis por desviar R$ 2 milhões das bilheterias da unidade de lazer entre maio e dezembro de 2016.

Zander afirmou que o MP se baseou em “ouvir dizer, ouvi falar e não tem provas” para apresentar a denúncia contra seu nome. Ele afirmou que a acusação de ter indicado Dário para o cargo  na Agetul é falsa e que o próprio Dário, em seu depoimento, confirmou que não foi Zander que o indicou e sim uma coligação político-partidária.

O vereador também citou o depoimento do ex-presidente da Agetul que afirmou não ter dado nenhum dinheiro para os vereadores, como constam nos depoimentos de denunciantes, muitos dos quais funcionários do parque Mutirama e do Zoológico colhidos pelo MP.

Ele ainda afirmou que ter o nome citado não significa ser condenado, mas que a imprensa e as mídias sociais já o condenaram, e devido a isso seus filhos estão reclusos em casa, não podendo frequentar a escola, pois estão sendo alvo de críticas de colegas.

Sobre os depósitos em sua conta apontados pelo MP como de recebimento de recursos arrecadados nas bilheterias dos dois locais, Zander disse que R$ 30 mil são provenientes de um carro que vendeu e que R$ 19 mil são provenientes de dois meses de seu salário como vereador que ele próprio guardou para financiar sua campanha eleitoral e depois transferiu para a conta que o MP está analisando. Outros depósitos que estão em nome da eleitora Elizabete são legais pois a atual legislação permite doação de pessoa física.

“As denúncias que o MP recebeu são da rádio-peão e de baixa relevância”, argumentou Zander adicionando que foi “injustamente acusado de se apropriar de alimentos provenientes de uma promoção da TV Serra Dourada, na qual vereadores podiam indicar as instituições filantrópicas para receberem as doações e que isso foi feito por vários colegas de parlamento”.

Os colegas Anderson Sales-Bokão (PSDC), Jair Diamantino (PSDC), Vinícius Cirqueira (PROS) e Weligton Peixoto (PMDB) citados nos depoimentos como envolvidos e já ouvidos pelo Ministério Público igualmente se defenderam afirmando que há citações de vários vereadores que a imprensa não divulgou e que essas publicações estão sendo levianas e fruto de perseguição de pessoas que se candidataram e perderam o último pleito.

“O MP recebeu as informações e fez o papel dele que foi ouvir os citados. No decorrer das investigações todos verão que nenhum vereador é culpado das acusações”, declarou Peixoto.

Jorge Kajuru (PRP), no entanto, reafirmou pedido feito nesta segunda-feira, 27, na CEI das Contas da Prefeitura para o afastamento de Zander Fábio da presidência da comissão. “Eu respeito a posição dele, mas entendo que os membros da comissão é que vão decidir ou não pelo afastamento de Zander da presidência da CEI”. Kajuru também cobrou da presidência aceleração no trâmite de um projeto de lei de sua autoria que obriga o vereador a se afastar do cargo em caso de ser denunciado com provas na Justiça.(Foto Alberto Maia)