Câmara debate o atendimento aos autistas nas escolas
A dificuldade das escolas em oferecer um atendimento adequado à crianças portadoras de autismo foi tema de uma audiência pública promovida na Câmara Municipal de Goiânia. A convocação para o debate surgiu da indignação com o caso de uma criança de 9 anos que teve a matrícula cancelada, neste mês, em uma escola particular da capital.
"Isso aconteceu mesmo com a existência da Lei 12.774/2017, que determina que estudantes autistas têm direito ao acompanhamento especializado nas escolas, se necessário", comentou a vereadora Sabrina Garcês, autora da proposta da audiência.
Foram convidados para participar da audiência pública representantes do Núcleo de Apoio e Inclusão do Autista (Naia), Secretaria Municipal de Educação, Conselho Municipal de Educação, Conselho Estadual de Educação, Ministério Público, Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro), Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Goiás (Sinepe) e Comissão Especial de Defesa dos Direitos das Pessoas Autistas do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Mas os representantes do poder público e das escolas não compareceram para a discussão.
Juliana Medeiros, a mãe da criança que não conseguiu a matrícula por ser autista, relatou o problema que enfrentou e a sensação de desamparo.