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Combate à Covid domina debate na prestação de contas da secretária Municipal de Saúde

por Marina Jorge publicado 03/07/2020 14h59, última modificação 03/07/2020 15h02

Durante a prestação de contas da secretária Fátima Mrué à Comissão de Saúde da Câmara, realizada por videoconferência, os vereadores fizeram uma série de questionamentos em relação ao atendimento na rede pública de pacientes com Covid-19 ou que apresentam sintomas da doença. Paulinho Graus (PDT) cobrou a realização de exames para todos os casos e cumprimento de protocolos de atendimento para garantir socorro e tratamento adequados. Dr. Cristina (PL) insistiu na necessidade de testagem, de equipamentos de proteção para os profissionais de saúde, de condições mínimas de prevenção nas unidades de atendimento, como instalação de lavatórios com sabão e papel-toalha, e de reforço na estrutura para pacientes que precisam de respiração mecânica. Andrey Azeredo (MDB ) solicitou informações sobre testes, leitos de UTI e gastos no combate à pandemia. Rogério Cuz (Republicanos) sugeriu fortalecer ações de comunicação sobre o tema, buscando orientar melhor a comunidade. Também participaram os vereadores Paulo Magalhães (DEM), Divino Rodrigues (Patriota) e Dr. Gian (MDB).

Fátima Mrué informou que, dos R$ 73 milhões destinados a Goiânia pelo governo federal para combater o coronavírus, R$ 63,9 milhões chegaram, de fato, aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde. O restante foi direcionado diretamente a instituições filantrópicas. A secretária explicou que R$ 58 milhões, ou seja 91% dos R$ 63,9 milhões, foram empenhados no serviço de atendimento e testagem da população e na compra de equipamentos de proteção para servidores. Ela argumentou que todos os problemas estão sendo resolvidos, que o município adquiriu 100 mil testes a mais de Covid e contratou laboratório da rede privada, além do Lacen, para agilizar os resultados. Explicou que as unidades seguem protocolos da Organização Mundial de Saúde e que foram realizadas mais de 150 ações de treinamento, tanto presenciais quanto por videoconferência.

Embora a pandemia tenha dominado o debate, a prestação de contas desta sexta-feira foi relativa aos últimos quatro meses de 2019. Em nome da Comissão de Saúde, doutora Cristina Lopes pediu à secretária urgência em marcar a data para apresentar os dados referentes ao primeiro quadrimestre de 2020 para que seja avaliada, de forma mais apropriada, a atuação da pasta no combate à Covid. Segundo Fátima Mrué, de setembro a dezembro do ano passado, a prefeitura de Goiânia gastou 19,67% da arrecadação na  Saúde, acima dos 15% exigidos pela Constituição Federal. Entre os tipos de atendimento, destacam-se procedimentos ambulatoriais (16 milhões); visitas de agentes comunitários de saúde (927 mil); atendimentos odontológicos (192 mil) e internações (154 mil), incluindo cirurgias (81 mil).

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